terça-feira, abril 10, 2007
terça-feira, março 20, 2007
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
quarta-feira, janeiro 31, 2007
CABELOS, CABELOS...
Engraçado. Quando o Punk surgiu, usar cabelos espetados era um sinal de rebeldia e contestação. Lembram dos moicanos em Picadilly? Os cabelos do Sid Vicious, todos pra cima? Anarquia total.
Pois bem. Neste fim de semana, dei uma volta no Shopping Iguatemi, que talvez contabilize a maior concentração de mauricinhos e patricinhas por metro quadrado. E fiz uma constatação incrível: o que era contestação até os anos 80, virou sinônimo de cabelo da moda, que combina com a calça Seven, a camiseta Diesel e o tênis Puma. Só falta agora o corte da Sue Catwoman (musa máxima dos Sex Pistols e frequentadora da loja de Malcolm McLaren, o berço do punk londrino) ficar popular entre as patrícias...
segunda-feira, janeiro 29, 2007
NEW ORDER E A DIFÍCIL MISSÃO DE COMPRAR DISCOS IMPORTADOS EM 1985
A primeira vez que eu ouvi uma música do New Order foi na casa de uma amiga, a Patrícia – era Thieves Like Us. Tempos depois, fui ao Rose Bom Bom e tocava uma música muito legal, que enchia a pista. Não conhecia quem tocava, até que um amigo disse: “Essa aí é do New Order. Chama Blue Monday”.
Não sosseguei enquanto não comprei o vinil (era um 12 polegadas de 45 RPM). Só consegui uma cópia italiana, de qualidade discutível, mas era melhor que nada. Tempos interessantes, aqueles. Para encomendar alguma coisa, vc tinha de ser amigo de alguém que viajava para o exterior. Uma vez, comprei dois LPs (Eden, do Everything But The Girl, e The No Comprendo, do Les Rita Mitsuko) através de uma amiga que iria viajar a Paris a trabalho. Até que o Kid Vinil e o Marquinhos MS, do Madame Satã, me deram a melhor dica: encomendar os discos com o Carlini. Esse cara era comissário da Varig e fazia as rotas da Europa. Comprava por 1, vendia pra gente por 2 e todo mundo ficava feliz.
O negócio dele deu tão certo que ele montou uma loja de discos numa galeria da Barão de Itapetininga, a Bossa Nova, em sociedade com um amigo nosso, o Pardal.
Depois, foi a vez do Pardal brigar com o Carlini e montar sua própria loja, a Ya-ba-dah-ba-dooh!, no Itaim. O que dava certo em sociedade não funcionou em vôo solo. Depois de alguns meses, as duas lojas fecharam.
terça-feira, janeiro 23, 2007
segunda-feira, janeiro 22, 2007
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Serge Gainsbourg meets Whitney Houston
Serge Gainsbourg era uma figuraça. Todo mundo o conhece por 'Je T'Aime (Moi non plus)', mas ele compôs coisas incríveis, como 'Bonnie & Clyde'. Brigitte Bardot teve vários sucessos de sua autoria. E ele casou com Jane Birkin, uma beldade que aparece no fime Blow Up. A filha dos dois é uma cantora da moda na França.
Serge era chegadão num copo. E sempre estava bebaço quando se apresentava. Aqui, num programa de TV francês, ele é apresentado a Whitney Houston. Totalmente bebum, ele diz ao apresentador: "I Want to Fuck her"...
O pobre âncora tenta remendar e diz:"Não liga não, ele bebe demais de vez em quando". Serge retruca: "Eu não estou bêbado". Aí, o sujeito vira pra Whitney e tasca: "Bem, se ele é assim normal, imagina como ele fica bêbado..."
Inesquecível Serge. Já não se fazem bad boys como antes...
Serge Gainsbourg era uma figuraça. Todo mundo o conhece por 'Je T'Aime (Moi non plus)', mas ele compôs coisas incríveis, como 'Bonnie & Clyde'. Brigitte Bardot teve vários sucessos de sua autoria. E ele casou com Jane Birkin, uma beldade que aparece no fime Blow Up. A filha dos dois é uma cantora da moda na França.
Serge era chegadão num copo. E sempre estava bebaço quando se apresentava. Aqui, num programa de TV francês, ele é apresentado a Whitney Houston. Totalmente bebum, ele diz ao apresentador: "I Want to Fuck her"...
O pobre âncora tenta remendar e diz:"Não liga não, ele bebe demais de vez em quando". Serge retruca: "Eu não estou bêbado". Aí, o sujeito vira pra Whitney e tasca: "Bem, se ele é assim normal, imagina como ele fica bêbado..."
Inesquecível Serge. Já não se fazem bad boys como antes...
segunda-feira, janeiro 08, 2007
CONFUSÃO na Sessão da Tarde
Segundo o dicionário Houaiss, há 234 sinônimos para a palavra ‘confusão’ -- e o redator das chamadas da 'Sessão da Tarde' parece ignorar todos... A saber: açougada, acracia, adevão, alarma, alarme, alteração, alvoroço, alvoroto, anarquia, angu, angu-de-caroço, anguzada, aperta-chico, aranzel, argel, arregaço, atabalhoação, atrapalhação, auê, bababi, babel, babilônia, bacafuzada, bachinche, badanal, baderna, bafa, bafafá, bagaço, bagunça, bagunçada, balborda, balbórdia, balbúrdia, bambá, bambaquerê, bananosa, bandoria, banguelê, banzé, banzé-de-cuia, banzeiro, barafunda, baralha, baralhada, barrilada, bereré, berzabum, bilbode, bochinche, bochincho, bode, bolo, bololô, brenha, briga, bronca, bruega, bulha, burundanga, cambulhada, caos, chinfrim, chinfrineira, chinfrinice, choldra, choldraboldra, cinza, cocoré, coisa-feita, coluvião, complicação, confa, confusa, cu-de-boi, cu-de-mãe-joana, danação, dédalo, desalinho, desarranjo, desarrumação, desgoverno, desmancho, desmanho, desmaranho, desordem, desorganização, desorientação, destempero, deus-nos-acuda, dificuldade, distúrbio, emaranhamento, embananamento, embaralhação, embrulhada, embrulhamento, embrulho, encrenca, enrolação, entuviada, envolta, esbregue, escangalho, esculhambação, esparrame, esparramo, estalada, estrago, estralada, estripulia, estropelia, estrupício, fandango, fecha, fecha-fecha, felga, ferga, flamengaria, forrobodó, frege, frevo, fritada, fubá, fula-fula, furdúncio, furdunço, fuzuê, galho, gambérria, gangolina, garabulha, garbulha, gódia, grude, imbróglio, indisciplina, inferneira, inferno, insubordinação, joldra, lambança, langará, lubambo, maçarocada, maranha, maria-da-fonte, massagada, mastigada, matinada, melê, melê-de-cuia, mexerufada, mexida, miscelânea, mistela, mistifório, mistura, misturada, mixórdia, motinada, movimentação, movimento, paçoca, pampeiro, pandemônio, pega-pega, pega-pra-capar, perequê, perereco, perplexidade, perturbação, pipoco, poeirada, porqueira, presepada, quebra-quebra, quebra-rabicho, quelelê, quilelê, reboldosa, reboldrosa, rebordosa, rebulício, rebuliço, recacau, rififi, roldão, rolo, ruge-ruge, rusga, salada, salgalhada, salsada, salseiro, sangangu, saragata, sarapatel, sarilho, sarrabulhada, sarrabulho, sarrafascada, sarrafusca, seribolo, sinagoga, sororó, surumbamba, sururu, tempo-quente, tiborna, tibornice, touraria, trabuzana, trança, trapalhada, trapalhice, tribuzana, tropel, tropelia, trovoada, tumulto, turbamulta, turbulência, turumbamba, turundundum, ula, valverde, vavavá, xirimbamba, zaragalhada, zaragata, zona, zorra, zungu
Segundo o dicionário Houaiss, há 234 sinônimos para a palavra ‘confusão’ -- e o redator das chamadas da 'Sessão da Tarde' parece ignorar todos... A saber: açougada, acracia, adevão, alarma, alarme, alteração, alvoroço, alvoroto, anarquia, angu, angu-de-caroço, anguzada, aperta-chico, aranzel, argel, arregaço, atabalhoação, atrapalhação, auê, bababi, babel, babilônia, bacafuzada, bachinche, badanal, baderna, bafa, bafafá, bagaço, bagunça, bagunçada, balborda, balbórdia, balbúrdia, bambá, bambaquerê, bananosa, bandoria, banguelê, banzé, banzé-de-cuia, banzeiro, barafunda, baralha, baralhada, barrilada, bereré, berzabum, bilbode, bochinche, bochincho, bode, bolo, bololô, brenha, briga, bronca, bruega, bulha, burundanga, cambulhada, caos, chinfrim, chinfrineira, chinfrinice, choldra, choldraboldra, cinza, cocoré, coisa-feita, coluvião, complicação, confa, confusa, cu-de-boi, cu-de-mãe-joana, danação, dédalo, desalinho, desarranjo, desarrumação, desgoverno, desmancho, desmanho, desmaranho, desordem, desorganização, desorientação, destempero, deus-nos-acuda, dificuldade, distúrbio, emaranhamento, embananamento, embaralhação, embrulhada, embrulhamento, embrulho, encrenca, enrolação, entuviada, envolta, esbregue, escangalho, esculhambação, esparrame, esparramo, estalada, estrago, estralada, estripulia, estropelia, estrupício, fandango, fecha, fecha-fecha, felga, ferga, flamengaria, forrobodó, frege, frevo, fritada, fubá, fula-fula, furdúncio, furdunço, fuzuê, galho, gambérria, gangolina, garabulha, garbulha, gódia, grude, imbróglio, indisciplina, inferneira, inferno, insubordinação, joldra, lambança, langará, lubambo, maçarocada, maranha, maria-da-fonte, massagada, mastigada, matinada, melê, melê-de-cuia, mexerufada, mexida, miscelânea, mistela, mistifório, mistura, misturada, mixórdia, motinada, movimentação, movimento, paçoca, pampeiro, pandemônio, pega-pega, pega-pra-capar, perequê, perereco, perplexidade, perturbação, pipoco, poeirada, porqueira, presepada, quebra-quebra, quebra-rabicho, quelelê, quilelê, reboldosa, reboldrosa, rebordosa, rebulício, rebuliço, recacau, rififi, roldão, rolo, ruge-ruge, rusga, salada, salgalhada, salsada, salseiro, sangangu, saragata, sarapatel, sarilho, sarrabulhada, sarrabulho, sarrafascada, sarrafusca, seribolo, sinagoga, sororó, surumbamba, sururu, tempo-quente, tiborna, tibornice, touraria, trabuzana, trança, trapalhada, trapalhice, tribuzana, tropel, tropelia, trovoada, tumulto, turbamulta, turbulência, turumbamba, turundundum, ula, valverde, vavavá, xirimbamba, zaragalhada, zaragata, zona, zorra, zungu
HOJE: BOWIE FEZ 60 ANOS!!!!
Aconteceu o inevitável: Bowie fez 60!!
Hoje tem um monte de matérias nos jornais falando dele. Já fui muito fissurado na música deste senhor. Minhas favoritas são 'Heroes', neste video aqui postado, e 'Young Americans'. São de fases totalmente distintas. Gosto de praticamente todas -- do glam rock ao superestrelato dos anos 80 (terminando em Blue Jean. Embora 'Jump', de White Noise, seja uma grande música).
Bowie é daqueles caras que ficam se reiventando a toda hora, assumindo riscos e, às vezes, pagando caro por isso.
Sobre ele, três coisas que não li hoje:
1. Ele te um olho de cada cor. E já vi inúmeras explicações para isso, mas nenhuma convicente.
2. Em 'Space Oditty', quem toca os teclados é Rick Wakeman, na fase pré-Yes e rock sinfônico.
3. Ele escreveu 'Heroes' durante a gravação de seu álbum em 1977. O estúdio ficava ao lado do Muro de Berlim. Toda a tarde, na mesma hora, ele via um casal se encontrar do lado oriental. Foi olhando esse casal que ele teve o estalo de escrever os versos: "I, I will be king/ And you, you will be queen". Letra primorosa, arranjo de primeira, combinando teclados e violinos...
Happy birthday, David Jones!
Aconteceu o inevitável: Bowie fez 60!!
Hoje tem um monte de matérias nos jornais falando dele. Já fui muito fissurado na música deste senhor. Minhas favoritas são 'Heroes', neste video aqui postado, e 'Young Americans'. São de fases totalmente distintas. Gosto de praticamente todas -- do glam rock ao superestrelato dos anos 80 (terminando em Blue Jean. Embora 'Jump', de White Noise, seja uma grande música).
Bowie é daqueles caras que ficam se reiventando a toda hora, assumindo riscos e, às vezes, pagando caro por isso.
Sobre ele, três coisas que não li hoje:
1. Ele te um olho de cada cor. E já vi inúmeras explicações para isso, mas nenhuma convicente.
2. Em 'Space Oditty', quem toca os teclados é Rick Wakeman, na fase pré-Yes e rock sinfônico.
3. Ele escreveu 'Heroes' durante a gravação de seu álbum em 1977. O estúdio ficava ao lado do Muro de Berlim. Toda a tarde, na mesma hora, ele via um casal se encontrar do lado oriental. Foi olhando esse casal que ele teve o estalo de escrever os versos: "I, I will be king/ And you, you will be queen". Letra primorosa, arranjo de primeira, combinando teclados e violinos...
Happy birthday, David Jones!
sexta-feira, janeiro 05, 2007
O PLANETA DOS MACACOS E ROD SERLING
Já escrevi aqui sobre Rod Serling, o criador de 'Twilight Zone', mas vale a pena revisitar o tema. É que recentemente descobri algo interessante sobre esse senhor.
Lembram-se da cena final de'O Planeta dos Macacos', com Charlton Heston cavalgando na praia e dando de cara com as ruínas da Estátua da Liberdade (e é neste momento que ele percebe estar num futuro em que a hecatombe nuclear provocou mutações nos humanos e nos macacos)? Pois essa cena é de autoria de ninguém menos que Rod Serling!
Outra coisa sempre me chamou atenção no filme (a primeira versão, de 1968). A tipologia utilizada nos créditos é a mesma que a TV Globo adotou até a reforma visual promovida por Hans Donner, em 1976. Quem souber o nome dessa fonte, por favor, colabore com esse blogueiro e me diga!
terça-feira, dezembro 19, 2006
WALK THIS WAY
Essa gravação mudou muita coisa no Hip Hop. Foi a primeira música de Hip Hop a pegar pesado, com um sampler escolhido a dedo.
A participação do Aerosmith é legal -- e, lembrem-se, uma vez disseram que Steven Tyler era mais parecido com Mick Jagger que o próprio.
Essa gravação mudou muita coisa no Hip Hop. Foi a primeira música de Hip Hop a pegar pesado, com um sampler escolhido a dedo.
A participação do Aerosmith é legal -- e, lembrem-se, uma vez disseram que Steven Tyler era mais parecido com Mick Jagger que o próprio.
HAL PEREIRA
Você nunca ouviu falar no Hal, este simpático senhor de óculos? Pois saiba que ele me acompanhou várias vezes durante a minha infância - especialmente durante a Sessão da Tarde. Ele foi diretor artístico de vários filmes importantes. Ao ler os créditos iniciais, estava sempre escrito: Art Director....Hal Pereira.
Sempre tive curiosidade em saber mais sobre essa figura de sobrenome português.
Hoje, sei que ele trabalhou em 253 filmes, de 1944 a 1968. O sujeito filmava feito um louco. Na verdade, imagino que ele entrava em um estúdio e ia direto para outro. Em 1963, por exemplo, ele trabalhou em 14 filmes (entre eles, Fun in Acapulco, estrelado por Elvis Presley, e O Professor Aloprado, com Jerry Lewis).
Entre suas obras mais famosas, temos:
1. Bonequinha de Luxo
2. Um Corpo que Cai
3. O Terror das Mulheres (Jerry Lewis)
4. Feitiço Havaiano (Elvis Presley)
5. Os Dez Mandamentos
O cara merece nossso respeito. Morreu em 1985, dezoito anos depois de se aposentar.
Sempre tive curiosidade em saber mais sobre essa figura de sobrenome português.
Hoje, sei que ele trabalhou em 253 filmes, de 1944 a 1968. O sujeito filmava feito um louco. Na verdade, imagino que ele entrava em um estúdio e ia direto para outro. Em 1963, por exemplo, ele trabalhou em 14 filmes (entre eles, Fun in Acapulco, estrelado por Elvis Presley, e O Professor Aloprado, com Jerry Lewis).
Entre suas obras mais famosas, temos:
1. Bonequinha de Luxo
2. Um Corpo que Cai
3. O Terror das Mulheres (Jerry Lewis)
4. Feitiço Havaiano (Elvis Presley)
5. Os Dez Mandamentos
O cara merece nossso respeito. Morreu em 1985, dezoito anos depois de se aposentar.
domingo, dezembro 10, 2006
The Cars - Shake It Up
REPUBLIQUEI ESSE POST PQ O LINK ANTERIOR NÃO FUNCIONAVA MAIS.
Uma vez, topei com o Ric Ocasek, dos Cars, num supermercado em Boston (pra quem conhece Boston, é um que fica perto do antigo Prudential Center -- hoje a sede da Wachovia, se não me engano. O bairro, ali, acho que se chama Copley Square). Ao vivo, ele era ainda mais esquisito que nas fotos. Por isso, demorei para reconhecê-lo. Me lembro que o carrinho dele era cheio de coisas normais, tipo manteiga, leite, pão...
O cara estava lá, sem ser abordado, e o disco dele estourando nas paradas, com quatro faixas (Drive, You Might Think, Hello e Magic) bombando no rádio!
Essa música - Shake it Up - é de dois discos antes. E a modelo que aparece no vídeo de vestido preto, segurando uma coqueteleira, é a mesma que está na capa do disco.
Ah, esse cara horroroso casou com uma mega modelo dos 80's: Paulina Poriskova!
REPUBLIQUEI ESSE POST PQ O LINK ANTERIOR NÃO FUNCIONAVA MAIS.
Uma vez, topei com o Ric Ocasek, dos Cars, num supermercado em Boston (pra quem conhece Boston, é um que fica perto do antigo Prudential Center -- hoje a sede da Wachovia, se não me engano. O bairro, ali, acho que se chama Copley Square). Ao vivo, ele era ainda mais esquisito que nas fotos. Por isso, demorei para reconhecê-lo. Me lembro que o carrinho dele era cheio de coisas normais, tipo manteiga, leite, pão...
O cara estava lá, sem ser abordado, e o disco dele estourando nas paradas, com quatro faixas (Drive, You Might Think, Hello e Magic) bombando no rádio!
Essa música - Shake it Up - é de dois discos antes. E a modelo que aparece no vídeo de vestido preto, segurando uma coqueteleira, é a mesma que está na capa do disco.
Ah, esse cara horroroso casou com uma mega modelo dos 80's: Paulina Poriskova!
sexta-feira, dezembro 08, 2006
MALAS DA VIDA
Não tenho mais dúvida. A novela das oito precisa mudar de nome – ‘Malas da Vida’ seria muito mais apropriado. Nunca, na história da TV brasileira, houve tamanha concentração de malas numa só novela. Quer ver? Personagem por personagem (quase todos, OK?):
ADRIANA – secretária da Helena. Mala light, sempre com um cafezinho à disposição.
ALEX (Marcos Caruso) – emburrado, é aquele avô que não quer o neto com o pai rico. Mala egoísta!
ALICE (Regiane Alves) – a noivinha interesseira e inconveniente de Léo. Vai ser mala assim na Inglaterra.
ANNA (Deborah Evelyn) – Depois de atazanar a vida filha na infância, a coisa piorou completamente na adolescência. Mala histérica.
BIRA – Corno e bêbado, é insuportável. Mala cachaceira.
CARMEN (Natália do Valle) – É aquela pentelha que vive chamando o marido de ‘neném’. Mala grudenta.
CONSTÂNCIA (Walderez de Barros) – A governanta mala.
DIANA (Louise Cardoso) – É aquela pentelha que fica pintando o mesmo modelo pelado. Mala artística.
DIOGO (Marcos Paulo) – O que dizer de um médico que larga tudo para ficar anos tratando da pobreza na África? Um cara muito nobre. E Maaaaaaaaala!!!!!
ELISA (Ana Botafogo) – Outra mala artística.
FELIPE – É o neto pitboy do Tarcísio Meira. Vai ser Mala assim na aula de jiu-jitsu...
FRED (Duda Nagle) – Pobre também é mala! Esse aqui é o filho do jardineiro, que diz ser rico para namorar uma riquinha. Tem coisa mais mala?
GREG (José Mayer) – O Garanhão mais mala do universo.
HELENA (Regina Duarte) – a atuação de Regina Duarte reforça o caráter mala da personagem. Parece a outra Helena, de ‘Por Amor’ (aquela que dizia para o médico, depois de ver que o netinho morrera: ‘Vamos trocar os bebêssssssss!!!!’)
HORTÊNSIA (Natália Timberg) – Na escala 1 a 10 de malice, ganha 11 pontos.
INEZITA (Narjara Turetta) – Narjara é sinônimo de mala! Já era pentelhinha na ‘Malu Mulher’ e continua pentelha.
AS IRMÃS DO HOSPITAL – Todas são muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito malas.
ISABEL (Vivianne Pasmanter) – O quê? Fica nesse chove não molhe com o Caco Ciocler e ainda atrapalha o namoro da amiga o tempo todo? Ô Mala fotográfica!
IVAN (Buza Ferraz) – o Buza é um dos atores mais legais da Globo. Mas, como todo o resto do elenco, está... MALA!
JORGE (Thiago Lacerda) – Vem cá! Se você tivesse 50 % da estampa desse cara, iria ficar chateado pq a noivinha não quer casar?
KELLY (Stephany Brito) – a riquinha chata. Mala Louis Vuitton.
LÉO – O namorado arrependido da Nanda. Ô cara Mala... Uma dúvida: por que o visual desse cara é baseado no de Dom Pedro I?
LÍVIA (Ana Furtado) – Consegue ser mala tbem, apesar da beleza.
MIROEL – Esse ganha o campeonato dos Malas só por ter voltado com o casamento com personagem da Deborah Evelyn.
NANDA - Essa é mala até na outra vida! Fantasma-contêiner!
RENATO (Caco Ciocler) - É casado com a mulher mais bonita e rica da novela, mas fica de olho comprido na amiga fotógrafa. Até aí, tudo bem, não fosse ele o cara mais chato do mundo! E agora, na cadeira de rodas, piorou! Mala com 'M' maiúsculo.
TEREZA (Renata Sorrah) – o personagem é tão Mala, mas tão Mala que eu ficava pensando que a Heleninha Reutemann iria ressucitar a qualquer momento.
TIDE (Tarcísio Meira) - Um avô mala, que quer a família de 97 pessoas reunidas naquela mesa Santa Ceia!
AS HISTÓRIAS QUE PASSAM NO FINAL DA NOVELA - Ah, precisa explicar pq??????
ADRIANA – secretária da Helena. Mala light, sempre com um cafezinho à disposição.
ALEX (Marcos Caruso) – emburrado, é aquele avô que não quer o neto com o pai rico. Mala egoísta!
ALICE (Regiane Alves) – a noivinha interesseira e inconveniente de Léo. Vai ser mala assim na Inglaterra.
ANNA (Deborah Evelyn) – Depois de atazanar a vida filha na infância, a coisa piorou completamente na adolescência. Mala histérica.
BIRA – Corno e bêbado, é insuportável. Mala cachaceira.
CARMEN (Natália do Valle) – É aquela pentelha que vive chamando o marido de ‘neném’. Mala grudenta.
CONSTÂNCIA (Walderez de Barros) – A governanta mala.
DIANA (Louise Cardoso) – É aquela pentelha que fica pintando o mesmo modelo pelado. Mala artística.
DIOGO (Marcos Paulo) – O que dizer de um médico que larga tudo para ficar anos tratando da pobreza na África? Um cara muito nobre. E Maaaaaaaaala!!!!!
ELISA (Ana Botafogo) – Outra mala artística.
FELIPE – É o neto pitboy do Tarcísio Meira. Vai ser Mala assim na aula de jiu-jitsu...
FRED (Duda Nagle) – Pobre também é mala! Esse aqui é o filho do jardineiro, que diz ser rico para namorar uma riquinha. Tem coisa mais mala?
GREG (José Mayer) – O Garanhão mais mala do universo.
HELENA (Regina Duarte) – a atuação de Regina Duarte reforça o caráter mala da personagem. Parece a outra Helena, de ‘Por Amor’ (aquela que dizia para o médico, depois de ver que o netinho morrera: ‘Vamos trocar os bebêssssssss!!!!’)
HORTÊNSIA (Natália Timberg) – Na escala 1 a 10 de malice, ganha 11 pontos.
INEZITA (Narjara Turetta) – Narjara é sinônimo de mala! Já era pentelhinha na ‘Malu Mulher’ e continua pentelha.
AS IRMÃS DO HOSPITAL – Todas são muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito malas.
ISABEL (Vivianne Pasmanter) – O quê? Fica nesse chove não molhe com o Caco Ciocler e ainda atrapalha o namoro da amiga o tempo todo? Ô Mala fotográfica!
IVAN (Buza Ferraz) – o Buza é um dos atores mais legais da Globo. Mas, como todo o resto do elenco, está... MALA!
JORGE (Thiago Lacerda) – Vem cá! Se você tivesse 50 % da estampa desse cara, iria ficar chateado pq a noivinha não quer casar?
KELLY (Stephany Brito) – a riquinha chata. Mala Louis Vuitton.
LÉO – O namorado arrependido da Nanda. Ô cara Mala... Uma dúvida: por que o visual desse cara é baseado no de Dom Pedro I?
LÍVIA (Ana Furtado) – Consegue ser mala tbem, apesar da beleza.
MIROEL – Esse ganha o campeonato dos Malas só por ter voltado com o casamento com personagem da Deborah Evelyn.
NANDA - Essa é mala até na outra vida! Fantasma-contêiner!
RENATO (Caco Ciocler) - É casado com a mulher mais bonita e rica da novela, mas fica de olho comprido na amiga fotógrafa. Até aí, tudo bem, não fosse ele o cara mais chato do mundo! E agora, na cadeira de rodas, piorou! Mala com 'M' maiúsculo.
TEREZA (Renata Sorrah) – o personagem é tão Mala, mas tão Mala que eu ficava pensando que a Heleninha Reutemann iria ressucitar a qualquer momento.
TIDE (Tarcísio Meira) - Um avô mala, que quer a família de 97 pessoas reunidas naquela mesa Santa Ceia!
AS HISTÓRIAS QUE PASSAM NO FINAL DA NOVELA - Ah, precisa explicar pq??????
terça-feira, dezembro 05, 2006
LOST IN SPACE
Hoje, exatamente hoje, faz quarenta anos que a TV Record colocou no ar o primeiro episódio de ‘Perdidos no Espaço’. Tem um especial muito bem feito site www.retrotv.com.br. Por isso, vou falar apenas de cinco curiosidades:
1. A Martha Kristen, que fazia a loirinha Judy, nasceu na Noruega, sob o nome de Birgit Annalisa Rusanen. Ela fez um filme da Turma da Praia e era a cara da Kim Basinger. Pode comparar.
2. Will Robinson era dublado por uma mulher!!!!
3. O maestro John Williams, de Superman, Star Wars e Indiana Jones, é autor da trilha sonora da série (nos créditos, Johnny Williams). Aqui vcs vêm as aberturas que a série já teve. A primeira, contudo, é a do piloto, que usa o tema de ‘O Dia em que a Terra Parou’, de Bernard Hermann (o preferido de Hitchcock – ele que fez ‘Psicose’).
4. Gene Roddenberry foi entrevistado por Irwin Allen antes de lançar Star Trek. Na verdade, Allen não tinha interesse em financiar o projeto de Roddenberry; queria apenas saber se Star Trek não conflitaria com ‘Perdidos’.
5. Angela Cartwright, a Penny, era uma das crianças Von Trapp em ‘Noviça Rebelde’.
Hoje, exatamente hoje, faz quarenta anos que a TV Record colocou no ar o primeiro episódio de ‘Perdidos no Espaço’. Tem um especial muito bem feito site www.retrotv.com.br. Por isso, vou falar apenas de cinco curiosidades:
1. A Martha Kristen, que fazia a loirinha Judy, nasceu na Noruega, sob o nome de Birgit Annalisa Rusanen. Ela fez um filme da Turma da Praia e era a cara da Kim Basinger. Pode comparar.
2. Will Robinson era dublado por uma mulher!!!!
3. O maestro John Williams, de Superman, Star Wars e Indiana Jones, é autor da trilha sonora da série (nos créditos, Johnny Williams). Aqui vcs vêm as aberturas que a série já teve. A primeira, contudo, é a do piloto, que usa o tema de ‘O Dia em que a Terra Parou’, de Bernard Hermann (o preferido de Hitchcock – ele que fez ‘Psicose’).
4. Gene Roddenberry foi entrevistado por Irwin Allen antes de lançar Star Trek. Na verdade, Allen não tinha interesse em financiar o projeto de Roddenberry; queria apenas saber se Star Trek não conflitaria com ‘Perdidos’.
5. Angela Cartwright, a Penny, era uma das crianças Von Trapp em ‘Noviça Rebelde’.
quinta-feira, novembro 30, 2006
FOR WHAT IT'S WORTH
O original é uma espécie de hino pacifista dos anos 60, na interpretação de Buffalo Springfield. (Essa banda merece respeito, afinal tinha em sua formação Neil Young e Stephen Stills).
Essa regravação, do OUI 3, é fantástica. A base sampleada casa muito bem com a bateria acid jazz; e a porção hip-hop cai feito uma luva.
Só uma dúvida: o que a Dedina Bernadelli está fazendo nesse vídeo?
O original é uma espécie de hino pacifista dos anos 60, na interpretação de Buffalo Springfield. (Essa banda merece respeito, afinal tinha em sua formação Neil Young e Stephen Stills).
Essa regravação, do OUI 3, é fantástica. A base sampleada casa muito bem com a bateria acid jazz; e a porção hip-hop cai feito uma luva.
Só uma dúvida: o que a Dedina Bernadelli está fazendo nesse vídeo?
quarta-feira, novembro 29, 2006
OS NERDS DE 'SCRUBS'
É incrível. Você acha que os protagonistas são os nerds do show, mas naquele hospital tem gente muito mais nerd que JD e Turk. Como esses manés, que têm uma banda 'A Capella' e cantam temas de desenho animado. Pode haver algo mais nerd na vida?
Ah, nessas cenas, eles cantam o tema do Speed Racer e de Underdog que, se não me engano, chamava Vira-Lata por aqui.
É incrível. Você acha que os protagonistas são os nerds do show, mas naquele hospital tem gente muito mais nerd que JD e Turk. Como esses manés, que têm uma banda 'A Capella' e cantam temas de desenho animado. Pode haver algo mais nerd na vida?
Ah, nessas cenas, eles cantam o tema do Speed Racer e de Underdog que, se não me engano, chamava Vira-Lata por aqui.
quarta-feira, novembro 22, 2006
JASON KING
Nunca houve um herói tão cafona quanto Jason King. Escritor metido a detetive, ele sempre conquistava mulheres lindas, apesar de seu visual -- uma mistura de Peter O'Toole bizarro e Charles Bronson.
Passava na TV Tupi, altas horas da noite. Só recentemente descobri que era um cult na Europa...
Nunca houve um herói tão cafona quanto Jason King. Escritor metido a detetive, ele sempre conquistava mulheres lindas, apesar de seu visual -- uma mistura de Peter O'Toole bizarro e Charles Bronson.
Passava na TV Tupi, altas horas da noite. Só recentemente descobri que era um cult na Europa...
ABERTURA - TWILIGHT ZONE
Está em inglês -- e não é minha montagem favorita (houve várias). Mas, ainda assim, vale a pena.
Está em inglês -- e não é minha montagem favorita (houve várias). Mas, ainda assim, vale a pena.
segunda-feira, novembro 20, 2006
TWILIGHT ZONE -- ALÉM DA IMAGINAÇÃO
Começava assim:
Uma musiquinha amedrontadora (tititititittititittitititititi) introduzia uma animação em preto e branco. Surgia, então, a voz de um narrador (sabe voz dos dubladores antigos, que puxavam nos erres paulistanos e nos esses cariocas? Era um desses), que dizia o seguinte:
“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região além da Imaginação!"
A última imagem da animação era a de um céu estrelado. Essa imagem se fundia com a do episódio, que sempre começava com a câmera descendo do céu para a terra.
Até hoje, quando vejo um episódio inédito (passa no TCM, de madrugada), fico arrepiado.
Uma musiquinha amedrontadora (tititititittititittitititititi) introduzia uma animação em preto e branco. Surgia, então, a voz de um narrador (sabe voz dos dubladores antigos, que puxavam nos erres paulistanos e nos esses cariocas? Era um desses), que dizia o seguinte:
“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região além da Imaginação!"
A última imagem da animação era a de um céu estrelado. Essa imagem se fundia com a do episódio, que sempre começava com a câmera descendo do céu para a terra.
Até hoje, quando vejo um episódio inédito (passa no TCM, de madrugada), fico arrepiado.
ROD SERLING
Rod Serling, o criador de Twilght Zone (Além da Imaginação no Brasil; A Quinta Dimensão em Portugal), fez também ‘A Galeria do Terror’. Lembro de um episódio desses, que me deixou sem sono quando eu tinha dez anos de idade. Um fazendeiro matava sua mulher e o amante, enterrando-os no celeiro. A televisão do sujeito, então, começa a ligar sozinha e mostra os mortos se levantando se suas covas, atrás de vingança. Adivinha o quê acontece?... Bem, na Galeria do Terror (Night Gallery), happy end era raro.
Serling apresentava todos os episódios e escrevia a maioria deles. Franzino, com terninhos apertados e não raro com um cigarrinho à mão, era uma figura -- como você pode comprovar dando uma olhadinha aí em cima...
Serling apresentava todos os episódios e escrevia a maioria deles. Franzino, com terninhos apertados e não raro com um cigarrinho à mão, era uma figura -- como você pode comprovar dando uma olhadinha aí em cima...
TWILIGHT ZONE -- MEUS EPISÓDIOS FAVORITOS
- O do William Shatner ( o capitão Kirk de Jornada nas Estrelas, na foto), que faz um passageiro de avião que vê um monstro sabotando a turbina em pleno vôo. Repare só: nunca houve uma janela tão panorâmica na história da aviação mundial...
- Aquele em que Burgess Meredith (o Pingüim da série de TV Batman) fazia um bancário que queria ler, mas não tinha tempo. Aí, nas suas horas de almoço, se trancava no cofre do banco para comer e ler. Um dia, leu e pegou no sono. Quando acordou, o mundo havia sido destruído por uma guerra nuclear. Ele pensa, então: “Pelo menos, terei todo o tempo que quiser para ler”. Logo depois disso, ele tropeça e quebra seus óculos – e, sem eles, nada de leitura.
- Aquele em que uma moça fez uma operação plástica, pois era muito feia. No final, tiram as bandagens e dá para ver que ela era linda. Mas todos os outros eram horrorosos e tinham cara de porco.
- O da Rua Maple. Uma alienígenas chegam à Terra e desligam a energia elétrica de um quarteirão. Os vizinhos quase se matam.
- Aquele em que uma nave espacial desce num lugar estranho e os astronautas acabam se matando. No final, o único sobrevivente descobre que eles pousaram na Terra...
Estiveram nos espisódios de Twilight Zone:
1. Johnatan Harris (Dr. Smith, de Perdidos no Espaço)
2. Bill Mummy (Will Robinson, de Perdidos no Espaço)
2. Elizabeth Montgomery (A Feiticeira), no mesmo episódio em que Charles Bronson atuou.
3. Barbara Eden (Jeannie é um Gênio)
4. Burt Reynolds
5. Peter Falk (Columbo)
6. Dennis Hopper
7. Robert Duvall
8. Maryin Landau
9. Dean Stockwell, no mesmo episódio em que Leonard Nimoy (Sr. Spock) faz uma ponta.
10. Cloris Leachmann
- Aquele em que Burgess Meredith (o Pingüim da série de TV Batman) fazia um bancário que queria ler, mas não tinha tempo. Aí, nas suas horas de almoço, se trancava no cofre do banco para comer e ler. Um dia, leu e pegou no sono. Quando acordou, o mundo havia sido destruído por uma guerra nuclear. Ele pensa, então: “Pelo menos, terei todo o tempo que quiser para ler”. Logo depois disso, ele tropeça e quebra seus óculos – e, sem eles, nada de leitura.
- Aquele em que uma moça fez uma operação plástica, pois era muito feia. No final, tiram as bandagens e dá para ver que ela era linda. Mas todos os outros eram horrorosos e tinham cara de porco.
- O da Rua Maple. Uma alienígenas chegam à Terra e desligam a energia elétrica de um quarteirão. Os vizinhos quase se matam.
- Aquele em que uma nave espacial desce num lugar estranho e os astronautas acabam se matando. No final, o único sobrevivente descobre que eles pousaram na Terra...
Estiveram nos espisódios de Twilight Zone:
1. Johnatan Harris (Dr. Smith, de Perdidos no Espaço)
2. Bill Mummy (Will Robinson, de Perdidos no Espaço)
2. Elizabeth Montgomery (A Feiticeira), no mesmo episódio em que Charles Bronson atuou.
3. Barbara Eden (Jeannie é um Gênio)
4. Burt Reynolds
5. Peter Falk (Columbo)
6. Dennis Hopper
7. Robert Duvall
8. Maryin Landau
9. Dean Stockwell, no mesmo episódio em que Leonard Nimoy (Sr. Spock) faz uma ponta.
10. Cloris Leachmann
sexta-feira, novembro 17, 2006
VIAJANDO NO TEMPO...
A primeira vez que me confrontei com a idéia de viajar na hitória foi vendo as aventuras de Doug e Tony no “Túnel do Tempo”. Era bacana ver Helena de Tróia, Rainha Elizabeth e outras personagens famosas usando penteados e maquiagem dos anos 60.
Depois, numa Sessão da Tarde, assisti A Máquina do Tempo, baseado na obra de H.G. Wells, o autor de ‘O Homem Invisível” e ‘Guerra dos Mundos’. O filme, com Rod Taylor e Ivette Mimieux, mostra os horrores da guerra atômica. E a viagem no tempo era sempre em fast-forward – ou seja, para o futuro.
Talvez seja por isso que o filme não teve tanta importância para mim.
Foi em Back To The Future que esse tema me conquistou. A possibilidade de voltar ao passado e corrigir o que estava errado me fascinou durante anos, especialmente depois de ver outro filme – Peggy Sue Got Married, de Francis Coppolla.
Podem dizer que este é um Coppolla menor. Eu não me importo. Gosto do mesmo jeito, assim como adoro Rumble Fish, Cotton Club e One From The Heart. Mas Coppolla é assunto para outro dia. Hoje, vamos falar de time travel.
Vcs conhecem o plot de Peggy Sue?
É o seguinte: uma quarentona vai a um baile dos ex-alunos da escola e desmaia. Quando
Acorda, voltou para o último ano do colégio, quando ficaria grávida, casaria com o namorado e seria bem infeliz.
Depois de achar que está louca ou morta, Peggy resolve consertar a sua vida. Mas, aos poucos, percebe que não há como mudar o destino.
Ela descobre que o namorado tinha um sonho secreto: ser um cantor famoso. Ela, então, diz que escreveu uma música para ele e pede para que a grave. “Vai ser um sucesso, eu tenho certeza”.
Mais tarde, ele se encontra com Peggy e diz, num tom arrogante. “Para uma iniciante, até que a canção está bem razoável. Mas eu fiz umas mudancinhas e agora está ótima. Quer ver?”, pergunta ele, que arremata:
(Imaginem isso na melodia de ‘She Loves You’, dos Beatles):
“I love you, uh-uh-uh
You love me, uh-uh-uh”
Fica uma porcaria, óbvio. E é nesse momento que ela percebe ser impossível mudar o destino.
PS: Esse filme tbem é bacana por ter revelado Jim Carrey e Helen Hunt, que fazem papéis ultra-secundários. Mas dá para ver a veia cômica da Carrey o tempo todo.
Depois, numa Sessão da Tarde, assisti A Máquina do Tempo, baseado na obra de H.G. Wells, o autor de ‘O Homem Invisível” e ‘Guerra dos Mundos’. O filme, com Rod Taylor e Ivette Mimieux, mostra os horrores da guerra atômica. E a viagem no tempo era sempre em fast-forward – ou seja, para o futuro.
Talvez seja por isso que o filme não teve tanta importância para mim.
Foi em Back To The Future que esse tema me conquistou. A possibilidade de voltar ao passado e corrigir o que estava errado me fascinou durante anos, especialmente depois de ver outro filme – Peggy Sue Got Married, de Francis Coppolla.
Podem dizer que este é um Coppolla menor. Eu não me importo. Gosto do mesmo jeito, assim como adoro Rumble Fish, Cotton Club e One From The Heart. Mas Coppolla é assunto para outro dia. Hoje, vamos falar de time travel.
Vcs conhecem o plot de Peggy Sue?
É o seguinte: uma quarentona vai a um baile dos ex-alunos da escola e desmaia. Quando
Acorda, voltou para o último ano do colégio, quando ficaria grávida, casaria com o namorado e seria bem infeliz.
Depois de achar que está louca ou morta, Peggy resolve consertar a sua vida. Mas, aos poucos, percebe que não há como mudar o destino.
Ela descobre que o namorado tinha um sonho secreto: ser um cantor famoso. Ela, então, diz que escreveu uma música para ele e pede para que a grave. “Vai ser um sucesso, eu tenho certeza”.
Mais tarde, ele se encontra com Peggy e diz, num tom arrogante. “Para uma iniciante, até que a canção está bem razoável. Mas eu fiz umas mudancinhas e agora está ótima. Quer ver?”, pergunta ele, que arremata:
(Imaginem isso na melodia de ‘She Loves You’, dos Beatles):
“I love you, uh-uh-uh
You love me, uh-uh-uh”
Fica uma porcaria, óbvio. E é nesse momento que ela percebe ser impossível mudar o destino.
PS: Esse filme tbem é bacana por ter revelado Jim Carrey e Helen Hunt, que fazem papéis ultra-secundários. Mas dá para ver a veia cômica da Carrey o tempo todo.
quarta-feira, novembro 15, 2006
AS MUSAS DO BROCK
Nos anos 80, o Brock não tinha muitas musas.
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
sexta-feira, novembro 10, 2006
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (IV)
Erich Von Zipper -- qualquer filme da Turma da Praia.
Nunca houve um motoqueiro tão idiota como Von Zipper. Ele era a antítese de Frankie Avalon nos filmes da turma da praia, um vilão imbecil, que era acompanhado da gang The Ratz.
O visual de Von Zipper (ou melhor, Harvey Lembeck) era puro Hell's Angels pré-Easy Rider. Seu traço mais marcante era o gestual: sempre que fazia algum gesto, o movimento era acompanhado de um efeito sonoro.
quinta-feira, novembro 02, 2006
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (III)
SID -- COME SPLEEP WITH ME
Não sei se foi ele quem escreveu este diálogo, mas é hilariante. O filme é ‘Vem Dormir Comigo’ (Come Spleep With Me) e Quentin Tarantino faz Sid, um amigo do personagem principal que é convidado a uma festa. Ele se encontra com outro amigo e trava o seguinte diálogo, no qual revela uma interpretação totalmente inusitada do roteiro de Top Gun:
Sid: You want subversion on a massive level. You know what one of the greatest fucking scripts ever written in the history of Hollywood is? Top Gun.
Duane: Oh, come on.
Sid: Top Gun is fucking great. What is Top Gun? You think it's a story about a bunch of fighter pilots.
Duane: It's about a bunch of guys waving their dicks around.
Sid: It is a story about a man's struggle with his own homosexuality. It is! That is what Top Gun is about, man. You've got Maverick, all right? He's on the edge, man. He's right on the fucking line, all right? And you've got Iceman, and all his crew. They're gay, they represent the gay man, all right? And they're saying, go, go the gay way, go the gay way. He could go both ways.
Duane: What about Kelly McGillis?
Sid: Kelly McGillis, she's heterosexuality. She's saying: no, no, no, no, no, no, go the normal way, play by the rules, go the normal way. They're saying no, go the gay way, be the gay way, go for the gay way, all right? That is what's going on throughout that whole movie... He goes to her house, all right? It looks like they're going to have sex, you know, they're just kind of sitting back, he's takin' a shower and everything. They don't have sex. He gets on the motorcycle, drives away. She's like, "What the fuck, what the fuck is going on here?" Next scene, next scene you see her, she's in the elevator, she is dressed like a guy. She's got the cap on, she's got the aviator glasses, she's wearing the same jacket that the Iceman wears. She is, okay, this is how I gotta get this guy, this guy's going towards the gay way, I gotta bring him back, I gotta bring him back from the gay way, so I'll do that through subterfuge, I'm gonna dress like a man. All right? That is how she approaches it. Okay, now let me just ask you - I'm gonna digress for two seconds here. I met this girl Amy here, she's like floating around here and everything. Now, she just got divorced, right? All right, but the REAL ending of the movie is when they fight the MIGs at the end, all right? Because he has passed over into the gay way. They are this gay fighting fucking force, all right? And they're beating the Russians, the gays are beating the Russians. And it's over, and they fucking land, and Iceman's been trying to get Maverick the entire time, and finally, he's got him, all right? And what is the last fucking line that they have together? They're all hugging and kissing and happy with each other, and Ice comes up to Maverick, and he says, "Man, you can ride my tail, anytime!" And what does Maverick say? "You can ride mine!" Swordfight! Swordfight! Fuckin' A, man!
Não sei se foi ele quem escreveu este diálogo, mas é hilariante. O filme é ‘Vem Dormir Comigo’ (Come Spleep With Me) e Quentin Tarantino faz Sid, um amigo do personagem principal que é convidado a uma festa. Ele se encontra com outro amigo e trava o seguinte diálogo, no qual revela uma interpretação totalmente inusitada do roteiro de Top Gun:
Sid: You want subversion on a massive level. You know what one of the greatest fucking scripts ever written in the history of Hollywood is? Top Gun.
Duane: Oh, come on.
Sid: Top Gun is fucking great. What is Top Gun? You think it's a story about a bunch of fighter pilots.
Duane: It's about a bunch of guys waving their dicks around.
Sid: It is a story about a man's struggle with his own homosexuality. It is! That is what Top Gun is about, man. You've got Maverick, all right? He's on the edge, man. He's right on the fucking line, all right? And you've got Iceman, and all his crew. They're gay, they represent the gay man, all right? And they're saying, go, go the gay way, go the gay way. He could go both ways.
Duane: What about Kelly McGillis?
Sid: Kelly McGillis, she's heterosexuality. She's saying: no, no, no, no, no, no, go the normal way, play by the rules, go the normal way. They're saying no, go the gay way, be the gay way, go for the gay way, all right? That is what's going on throughout that whole movie... He goes to her house, all right? It looks like they're going to have sex, you know, they're just kind of sitting back, he's takin' a shower and everything. They don't have sex. He gets on the motorcycle, drives away. She's like, "What the fuck, what the fuck is going on here?" Next scene, next scene you see her, she's in the elevator, she is dressed like a guy. She's got the cap on, she's got the aviator glasses, she's wearing the same jacket that the Iceman wears. She is, okay, this is how I gotta get this guy, this guy's going towards the gay way, I gotta bring him back, I gotta bring him back from the gay way, so I'll do that through subterfuge, I'm gonna dress like a man. All right? That is how she approaches it. Okay, now let me just ask you - I'm gonna digress for two seconds here. I met this girl Amy here, she's like floating around here and everything. Now, she just got divorced, right? All right, but the REAL ending of the movie is when they fight the MIGs at the end, all right? Because he has passed over into the gay way. They are this gay fighting fucking force, all right? And they're beating the Russians, the gays are beating the Russians. And it's over, and they fucking land, and Iceman's been trying to get Maverick the entire time, and finally, he's got him, all right? And what is the last fucking line that they have together? They're all hugging and kissing and happy with each other, and Ice comes up to Maverick, and he says, "Man, you can ride my tail, anytime!" And what does Maverick say? "You can ride mine!" Swordfight! Swordfight! Fuckin' A, man!
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (II)
MICKAH 'DON'T FUCK WITH ME' WALLACE
O nome do ator é Dave Finnegan. Só fez dois filmes. Seu papel em The Commitments é praticamente uma ponta, mas rouba a cena. Num determinado momento do filme, Jimmy Rabitte, o empresário da banda, leva uma surra de um agiota – durante um show. Nessa hora, Mickah Wallace larga a bateria e põe os bandidos para correr. Quando apresenta a banda, Jimmy diz:
- And on drums, Mickah “Don’t Fuck With Me” Wallace!!!!!!
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (I)
LENNY -- THAT THING YOU DO
Não sei se vcs viram The Wonders – O Sonho Não Acabou (That Thing You Do). Nesse filme, Steve Zahn faz Lenny, um dos guitarristas da banda.
Numa cena, o dono do restaurante em que eles tocam mostra a Lenny várias notas de dólar após o show; segue-se, então, o seguinte diálogo:
Villapiano: Know what this is?
Lenny: [pauses] Presidential flashcards?
Villapiano: A bonus. And do you know why?
Lenny: I have no idea.
Villapiano: To entice you back!... The word is out on you o-NEE-ders!
Lenny: Hey, that's o-NEH-ders!
Noutra cena, o líder da banda, Jimmy, está reclamando que o dono da gravadora o destratou. E que está preocupado com o “futuro criativo” do grupo.
Jimmy: [Speaking about Diane Dane ] She told me never trust a label. And I'm beginning to believe her.
Lenny: Well, sure. I mean, come on. They put us up in a first class hotel, all expenses paid, while our record climbs the charts; bunch of lyin' snakes.
Jimmy: Sorry I'm buggin' you! I guess I'm alone in my principles. [leaves the room]
Lenny: Oh come on. Oh, there he goes off to his room to write that hit song "Alone in my principles."
segunda-feira, outubro 30, 2006
Prince - Let's Go Crazy
O Prince já foi muito bacana, como mostra esse clipe de Purple Rain, com a música Let's Go Crazy. Gosto muito desse vídeo por três razões.
1. A música é bárbara. Tem uma canção das Bangles, Manic Monday, que é do Prince tbem, que lembra muito Let's Go Crazy. Mas o pique (para usar uma palavra anos anos 80) é incomparável.
Segunda razão: é uma das últimas aparições do Prince com a Telecaster American Vintage, uma guitarra que eu adoro (eu tenho uma American DeLuxe Sunburst).
E, por fim, tem várias imagens da Apolonia Kotero, que é a sósia perfeita de uma amiga da faculdade, a Yolanda!
O Prince já foi muito bacana, como mostra esse clipe de Purple Rain, com a música Let's Go Crazy. Gosto muito desse vídeo por três razões.
1. A música é bárbara. Tem uma canção das Bangles, Manic Monday, que é do Prince tbem, que lembra muito Let's Go Crazy. Mas o pique (para usar uma palavra anos anos 80) é incomparável.
Segunda razão: é uma das últimas aparições do Prince com a Telecaster American Vintage, uma guitarra que eu adoro (eu tenho uma American DeLuxe Sunburst).
E, por fim, tem várias imagens da Apolonia Kotero, que é a sósia perfeita de uma amiga da faculdade, a Yolanda!
HISTÓRIAS DE QUANDO EU ERA DEE-JAY (IV)
Sempre convivi pacificamente com o cheiro da maconha. Mas alguma coisa estava errada naquela noite. Um cheiro absurdamente forte de maconha vinha do camarote do Jorge Ben Jor, que iria dar um show no Rádio Clube.
As portas ainda estavam fechadas, uma multidão lá fora -- e quantidades industriais de fumo sendo consumidas no camarim. Dei um toque no produtor que o cheiro estava forte demais, até porque sempre havia alguns policiais na entrada de um show com muita gente e podia sobrar para alguém.
O cheiro não parou. Em compensação, um sujeito vestido de branco apareceu com o maior defumador que eu já vi, jogando fumaça para tudo o que é lado. Saiu do camarim e foi até o palco, defumando tudo o que via pela frente.
No final, o defumador não tinha tirado o cheiro da maconha. Amalgamara-se a ele. E ficou assim o tempo todo. Até que a mulher do dono do RC perguntou para o produtor do Ben Jor:
- Que incenso gostoso esse que você acendeu aqui... Qual que é?
O cara só riu e disse:
- Segredo!
domingo, outubro 29, 2006
HISTÓRIAS DE QUANDO EU ERA DEE-JAY (III)
Esqueci de mencionar duas músicas que levantavam a moçada:
- Middle of the Road, do Pretenders
- Let's Go Crazy, do Prince (a proposta do Rádio Clube era muito parecida com a do clube em que o Prince tocava no filme Purple Rain, de onde vem essa música. Era uma coisa para muita gente, pista grande aberta para um palco -- no qual havia shows bacanas).
Dei uma pesquisada e já escreveram na Folha Online sobre o Rádio Clube e o Radar. O link é esse aqui:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult512u137.shtml
Vai dar numa página com vários posts. Vá descendo até chegar em 'A Vibe é anos 80'.
HISTÓRIAS DE QUANDO EU ERA DEE-JAY (II)
Ser dee-jay não é fácil. Sempre tem alguém pedindo alguma música pentelha pra tocar. O jeito é ser político, sorrir e ficar na sua – não é à toa que minha cabine ficava no alto e tinha um segurança na escadinha. Mas duas abordagens nessa época me chamaram a atenção.
Uma vez, um clone do Elvis Costello me abordou. E disse:
- Você antes tocava mais new wave. Agora toca umas musiquinhas de FM no meio. Pô, não faça isso. Volte pra new wave – é a esperança de uma nova música...
Fiquei meio intrigado com o tom de voz dele, com o ritmo das palavras. Perguntei:
- Você é religioso?
Ele, animado:
- Sou pastor.
- Pastor new wave.
- É.
Aí, eu disse:
- Seja feita a vossa vontade.
E fui pra cabine. De fato, o Costello tinha razão. Nunca mais toquei as tais musiquinhas. E o cara continuou a freqüetar o RC.
Outra história.
Era quinta-feira, e a casa estava vazia. A banda que iria fazer o show entrou no palco. Desliguei a pick up e desci da cabine. Quando estava na pista, vendo o pessoal afinar os instrumentos, um gordinho cabeludo chegou:
- Olha, você não toca heavy metal, isso é um absurdo. Eu quero que você toque pelo menos duas músicas do Iron maiden, pelo menos duas do Judas Priest...
Cortei o cara.
- Eu não tenho nenhum desses discos.
O cara deu uma risadinha superior e mandou ver:
- Eu já sabia que vc iria dizer isso e trouxe uma fita.
- Só que eu não vou tocar. As pessoas não vêm aqui para dançar heavy metal.
O cara começou a gritar e isso chamou a atenção de um amigo meu, o Enrico, e de três seguranças, que se postaram atrás de mim. O mais engraçado deles, o Ganso, perguntou:
- Algum problema, Aluízio?
- Nenhum. O moço já está indo embora.
O cara ficou furioso, fez o sinal de heavy metal com os dedinhos (ou me chamou de corno através da mímica, sei lá) e foi embora.
Uma vez, um clone do Elvis Costello me abordou. E disse:
- Você antes tocava mais new wave. Agora toca umas musiquinhas de FM no meio. Pô, não faça isso. Volte pra new wave – é a esperança de uma nova música...
Fiquei meio intrigado com o tom de voz dele, com o ritmo das palavras. Perguntei:
- Você é religioso?
Ele, animado:
- Sou pastor.
- Pastor new wave.
- É.
Aí, eu disse:
- Seja feita a vossa vontade.
E fui pra cabine. De fato, o Costello tinha razão. Nunca mais toquei as tais musiquinhas. E o cara continuou a freqüetar o RC.
Outra história.
Era quinta-feira, e a casa estava vazia. A banda que iria fazer o show entrou no palco. Desliguei a pick up e desci da cabine. Quando estava na pista, vendo o pessoal afinar os instrumentos, um gordinho cabeludo chegou:
- Olha, você não toca heavy metal, isso é um absurdo. Eu quero que você toque pelo menos duas músicas do Iron maiden, pelo menos duas do Judas Priest...
Cortei o cara.
- Eu não tenho nenhum desses discos.
O cara deu uma risadinha superior e mandou ver:
- Eu já sabia que vc iria dizer isso e trouxe uma fita.
- Só que eu não vou tocar. As pessoas não vêm aqui para dançar heavy metal.
O cara começou a gritar e isso chamou a atenção de um amigo meu, o Enrico, e de três seguranças, que se postaram atrás de mim. O mais engraçado deles, o Ganso, perguntou:
- Algum problema, Aluízio?
- Nenhum. O moço já está indo embora.
O cara ficou furioso, fez o sinal de heavy metal com os dedinhos (ou me chamou de corno através da mímica, sei lá) e foi embora.
sábado, outubro 28, 2006
HISTÓRIAS DE QUANDO EU ERA DEE-JAY (I)
O Roger, do Ultraje a Rigor, vivia no Rádio Clube. Eu já tinha cruzado a banda no prédio de uma antiga namorada – o Leospa, o batera, morava lá. Bem, o Roger adorava ir ao RC. Entrava, bebia um chope, ia ao backstage, à pista, dava uma volta, conversava e ia embora. Nessa época, ele tinha uma Marajó amarela (para quem não tem a menor idéia do que isso significa, a Marajó era a versão perua do Chevette). Ele encostava na porta e perguntava para quem conhecesse o que estava rolando.
Uma noite, estava eu lá na porta, o lugar bombando, gente pra burro. Era o que eu fazia quando já havia visto o show ou simplesmente não gostava do que estava vendo. Aí, escutei:
- Aluíziô, Aluíziô (sotaque paulistano da gema)!
O grito vinha da tal Marajó amarela. Estavam o Roger e a namorada (com quem ele se casou, se não me engano) e outro casal atrás. Dei uma espiada. Eram o Herbert Vianna, do Paralamas, e a Paula Toller, do Kid Abelha (apelidado pela moçada do RC de Q. I. de abelha). Só que, para todos os efeitos, a Paula ainda era casada com o Leoni, baixista do Kid. Eu disse:
- Pô, Roger, metade do rock brasileiro tá no seu carro e a outra metade tá aí dentro.
Expliquei que tinha show do Magazine e dos Miquinhos Amestrados (ainda com o Léo Jaime) e tinha um monte de gente na platéia (Paulo Ricardo, do RPM e que estudava comigo na ECA, era um deles). Os pombinhos do banco de trás da Marajó, ainda escondendo o romance de todo o mundo, resolveram procurar um lugar mais discreto...
terça-feira, outubro 24, 2006
Arveres somos Nozes
Thanks to Sylvio Pinheiro.
Engraçado. Hilário. Simples. Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário.
Thanks to Sylvio Pinheiro.
Engraçado. Hilário. Simples. Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário. Simples.Engraçado. Hilário.
sexta-feira, outubro 20, 2006
EU JÁ FUI DEE-JAY
OK, faz tempo demais. Foi em 1984, numa casa chamada Rádio Clube. Rolava uma rivalidade entre nós e outra, chamada Radar Tantã. As duas tinham o mesmo formato -- salões enormes, palco, bandas de Brock fazendo show e som na pista. Sabe aquela danceteria que o Prince tocava em Purple Rain? Era igual. Nas pick-ups, era eu no Rádio Clube (depois o Rogério Palomaro entrou para me ajudar) e no Radar, duas figuraças: O Carlito e o Kid.
Mas, no final das contas, eu e o Carlito ficamos bem amigos. Teve um show do Ritchie no Radar em pleno domingo. Fui conferir, pela primeira vez, a concorrência. Acabei conhecendo o Carlito, que era dono de uma cultura pop razoável e gostava muito do Robert Palmer, sabia muito de música. Aí, criamos uma rotina. Nas folgas do Radar, ele ia ao Rádio Clube. Nas do RC, eu ia ao Radar.
Ah, e quando as duas casas estavam fechadas, a gente ia ao Rose Bom Bom. Quem fazia o som era o próprio Angelo Leuzzi, o dono, com o Jaiminho -- esse cara que tinha um topete igual ao do Brian Seltzer, do Stray Cats. Ele andava com dois outros que eram sósias dos outros integrantes da banda. Fiz amizade com um deles, o Gilberto, que namorou uma amiga.
Voltando ao Rádio Clube. Ficava em Pinheiros, o público era bem maurício e a New Wave estava bombando. E tome camiseta laranja-cítrica. Jeans stone-washed. E tênis quadriculados (na Inglaterra, esses tênis eram símbolo do movimento two-tone, no qual bandas de Ska, como o The Beat e os Specials, misturavam músicos brancos e negros; aqui no Brasil, era só moda).
Não podia tocar música disco ou funk. Até experimentei tocar algumas coisas assim, mas não deu. O público não queria. Todo mundo queria fazer um movimento repetitivo, com os braços semi-estendidos, para um lado e para o outro, como se estivessem balançando freneticamente uma bandeja imaginária...
Então, essas eram as dez músicas que mais agitavam a moçada:
Legal Tender – B-52’s
Time Out For Fun – Devo
Private Idaho – B-52’s
Rebelde Sem Causa – Ultraje a Rigor
Footloose – Kenny Loggins
Corações Psicodélicos – Lobão
Pro Dia Nascer Feliz – Barão Vermelho
Start Me Up – Rolling Stones
Óculos – Paralamas
Rebel Yell – Billy Idol
Foi uma experiência incrível. Pela primeira vez, percebi que eu poderia perceber o que as pessoas gostavam, sem necessariamente gostar daquelas coisas. Tanto é que a minha listinha favorita para dançar era essa aqui, que rolava mais tarde da noite:
What Difference Does it Make? – The Smiths
Thieves Like Us – New Order
Sunday, Bloody Sunday – U2
Bedsitter – Soft Cell
Transmission – Joy Division
Book of Brilliant Things – Simple Minds
The Lebanon – Human League
Bambina – Lobão
Los Niños Del Parque – Liaisons Dangereuses
London Calling - The Clash
Estávamos em 1984. Mas, se você olhar a lista das favoritas, há poucas músicas daquele ano. Vamos lá:
Legal Tender – B-52’s é de 1983; Time Out For Fun – Devo, é de 1982; Private Idaho – B-52’s é de 1981; Rebelde Sem Causa – Ultraje a Rigor, essa sim, é de 1984; Footloose – Kenny Loggins é de 1983; Corações Psicodélicos – Lobão é de 1984 também; Pro Dia Nascer Feliz - Barão Vermelho é de 1983; Start Me Up – Rolling Stones é de 1982; Óculos – Paralamas, OK, é de 1984; e Rebel Yell – Billy Idol é de 1983.
No Radar não era diferente. Pq isso aconteceu? Pq a New Wave já era meio velhinha lá fora. A saída, então, foi buscar algumas músicas antigas. Por conta disso, em 1984, as rádios começaram a tocar músicas de alguns anos atrás, que eram meio desconhecidas do público. Isso tudo, de alguma forma, nasceu lá no Radio Clube e no Radar Tantã e se espalhou pelo país.
Ah, em 1985 eu fazia eventualmente som no Madame Satã, quando o Marquinhos e o Magal me deixavam brincar um pouco. O playlist era bem diferente do RC.
Qualquer dia eu escrevo sobre o Madame Satã.
Mas, no final das contas, eu e o Carlito ficamos bem amigos. Teve um show do Ritchie no Radar em pleno domingo. Fui conferir, pela primeira vez, a concorrência. Acabei conhecendo o Carlito, que era dono de uma cultura pop razoável e gostava muito do Robert Palmer, sabia muito de música. Aí, criamos uma rotina. Nas folgas do Radar, ele ia ao Rádio Clube. Nas do RC, eu ia ao Radar.
Ah, e quando as duas casas estavam fechadas, a gente ia ao Rose Bom Bom. Quem fazia o som era o próprio Angelo Leuzzi, o dono, com o Jaiminho -- esse cara que tinha um topete igual ao do Brian Seltzer, do Stray Cats. Ele andava com dois outros que eram sósias dos outros integrantes da banda. Fiz amizade com um deles, o Gilberto, que namorou uma amiga.
Voltando ao Rádio Clube. Ficava em Pinheiros, o público era bem maurício e a New Wave estava bombando. E tome camiseta laranja-cítrica. Jeans stone-washed. E tênis quadriculados (na Inglaterra, esses tênis eram símbolo do movimento two-tone, no qual bandas de Ska, como o The Beat e os Specials, misturavam músicos brancos e negros; aqui no Brasil, era só moda).
Não podia tocar música disco ou funk. Até experimentei tocar algumas coisas assim, mas não deu. O público não queria. Todo mundo queria fazer um movimento repetitivo, com os braços semi-estendidos, para um lado e para o outro, como se estivessem balançando freneticamente uma bandeja imaginária...
Então, essas eram as dez músicas que mais agitavam a moçada:
Legal Tender – B-52’s
Time Out For Fun – Devo
Private Idaho – B-52’s
Rebelde Sem Causa – Ultraje a Rigor
Footloose – Kenny Loggins
Corações Psicodélicos – Lobão
Pro Dia Nascer Feliz – Barão Vermelho
Start Me Up – Rolling Stones
Óculos – Paralamas
Rebel Yell – Billy Idol
Foi uma experiência incrível. Pela primeira vez, percebi que eu poderia perceber o que as pessoas gostavam, sem necessariamente gostar daquelas coisas. Tanto é que a minha listinha favorita para dançar era essa aqui, que rolava mais tarde da noite:
What Difference Does it Make? – The Smiths
Thieves Like Us – New Order
Sunday, Bloody Sunday – U2
Bedsitter – Soft Cell
Transmission – Joy Division
Book of Brilliant Things – Simple Minds
The Lebanon – Human League
Bambina – Lobão
Los Niños Del Parque – Liaisons Dangereuses
London Calling - The Clash
Estávamos em 1984. Mas, se você olhar a lista das favoritas, há poucas músicas daquele ano. Vamos lá:
Legal Tender – B-52’s é de 1983; Time Out For Fun – Devo, é de 1982; Private Idaho – B-52’s é de 1981; Rebelde Sem Causa – Ultraje a Rigor, essa sim, é de 1984; Footloose – Kenny Loggins é de 1983; Corações Psicodélicos – Lobão é de 1984 também; Pro Dia Nascer Feliz - Barão Vermelho é de 1983; Start Me Up – Rolling Stones é de 1982; Óculos – Paralamas, OK, é de 1984; e Rebel Yell – Billy Idol é de 1983.
No Radar não era diferente. Pq isso aconteceu? Pq a New Wave já era meio velhinha lá fora. A saída, então, foi buscar algumas músicas antigas. Por conta disso, em 1984, as rádios começaram a tocar músicas de alguns anos atrás, que eram meio desconhecidas do público. Isso tudo, de alguma forma, nasceu lá no Radio Clube e no Radar Tantã e se espalhou pelo país.
Ah, em 1985 eu fazia eventualmente som no Madame Satã, quando o Marquinhos e o Magal me deixavam brincar um pouco. O playlist era bem diferente do RC.
Qualquer dia eu escrevo sobre o Madame Satã.
quinta-feira, outubro 19, 2006
ESSE É UM TEXTO QUE EU ESCREVI EM JANEIRO DE 2002
A LOTERIA DO PRIMEIRO BEIJO
Na adolescência, tudo parece ser mais complicado do que é - especialmente quando se trata de convencer uma garota a dar uns beijinhos. Engraçado, isso sempre foi relativamente fácil para mim, mas não era fácil para os outros.
Eu tinha um amigo que tinha esse problema. Era estranho. Ele já tinha transado com uma mulher e eu não - mas eu tinha, sei lá, beijado umas 10 garotas e ele nada. Uma noite, finalmente, desencalhou. Completamente bêbado, ele agarrou uma menina chamada Naomi na Kombi-Trailer do primo, na praia.
No dia seguinte, fomos dar um passeio no calçadão, olhando o mar. Ele, de ressaca, me perguntou: "E aí, eu gostei?".
Eu não disse nada.
"Ela era bonita, pelo menos?"
Novo silêncio. A menina era gorda, meio vesga e tinha uns pelinhos na bochecha.
"Pô, fala alguma coisa."
Eu disse que só lembrava do nome dela. Naomi.
"Naomi. Então ela devia ser tipo indiazinha, né? Esse nome é índio."
Eu respondi que tinha lido um livro do Harold Robbins havia uns dois anos (é, aos 13 anos você lê o que tem em casa, fazer o quê?) e tinha uma personagem chamada Naomi. Portanto, esse nome não deveria ser tupi-guarani.
"Tudo bem, mas como ela era?"
Esse foi um dos maiores dilemas da minha adolescência. Dizer o quê? Que a menina era linda? Que era um tribufu? Resolvi sair pela tangente.
"Olha, eu estava mais bêbado que você, não lembro nem da cara da menina que estava comigo..."
"Deixa de ser mentiroso. Você lembra de tudo. Sempre. É até irritante."
"Amnésia alcoólica", eu respondi.
Acabei de dizer isso e olhei para o outro lado da calçada. Uma garota meio gordinha e vesga estava atravessando na nossa direção. Quando ela estava a um passo da gente, caiu a ficha: era a garota dele, a menina da noite anterior. Gelei. E agora?
Ela passou direto, ainda ressacada da noite anterior, e não reconheceu nenhum dos dois. O assunto morreu. Graaaaaças a Deus.
Eu tinha um amigo que tinha esse problema. Era estranho. Ele já tinha transado com uma mulher e eu não - mas eu tinha, sei lá, beijado umas 10 garotas e ele nada. Uma noite, finalmente, desencalhou. Completamente bêbado, ele agarrou uma menina chamada Naomi na Kombi-Trailer do primo, na praia.
No dia seguinte, fomos dar um passeio no calçadão, olhando o mar. Ele, de ressaca, me perguntou: "E aí, eu gostei?".
Eu não disse nada.
"Ela era bonita, pelo menos?"
Novo silêncio. A menina era gorda, meio vesga e tinha uns pelinhos na bochecha.
"Pô, fala alguma coisa."
Eu disse que só lembrava do nome dela. Naomi.
"Naomi. Então ela devia ser tipo indiazinha, né? Esse nome é índio."
Eu respondi que tinha lido um livro do Harold Robbins havia uns dois anos (é, aos 13 anos você lê o que tem em casa, fazer o quê?) e tinha uma personagem chamada Naomi. Portanto, esse nome não deveria ser tupi-guarani.
"Tudo bem, mas como ela era?"
Esse foi um dos maiores dilemas da minha adolescência. Dizer o quê? Que a menina era linda? Que era um tribufu? Resolvi sair pela tangente.
"Olha, eu estava mais bêbado que você, não lembro nem da cara da menina que estava comigo..."
"Deixa de ser mentiroso. Você lembra de tudo. Sempre. É até irritante."
"Amnésia alcoólica", eu respondi.
Acabei de dizer isso e olhei para o outro lado da calçada. Uma garota meio gordinha e vesga estava atravessando na nossa direção. Quando ela estava a um passo da gente, caiu a ficha: era a garota dele, a menina da noite anterior. Gelei. E agora?
Ela passou direto, ainda ressacada da noite anterior, e não reconheceu nenhum dos dois. O assunto morreu. Graaaaaças a Deus.
ESSE É UM TEXTO QUE EU ESCREVI EM MARÇO DE 2003
O oposto dos sexos
As mulheres são de Vênus, e os homens de Marte. Os homens gostam de ler Nick Hornby, e as mulheres Bridget Jones. As mulheres querem ser a Gisele Bündchen, e os homens querem ficar com a Scheila Carvalho. Os homens gostam de futebol, e as mulheres de novela. Os homens vão a um restaurante e querem traçar uma carne. As mulheres preferem dividir uma "massinha" e uma "saladinha".
As mulheres, de tempos em tempos, querem discutir a relação. Os homens preferem ir levando. As mulheres têm um impulso incontrolável de perguntar a alguém como se chega a tal rua. Os homens, na mesmíssima proporção, odeiam perguntar o caminho para ir a qualquer lugar. As mulheres a-d-o-r-a-m uma sobremesa, mas se sentem culpadas depois da primeira colherada. Os homens nem ligam tanto para um doce, mas lambem os beiços sem culpa depois do tiramisu.
As mulheres se debulham em lágrimas quando assistem a Tarde demais para Esquecer, As Pontes de Madison e qualquer capítulo final de telenovela. Os homens dificilmente choram num filme, mas os olhos mareiam-se em Jerry Maguire e O Campo dos Sonhos. As mulheres falam, sem problemas, em bandos. Junte quatro mulheres, três assuntos diferentes e voilà: as três conversas correm ao mesmo tempo, entre todas, sem nenhum problema. Os homens preferem a monogamia na hora de conversar: um assunto só, quase sempre, por vez.
As mulheres idolatram Jackie O. Os homens não vêem muita graça nela. No telefone, elas são verborrágicas. Eles, monossilábicos. Elas são capazes de agüentar algo assustador como a dor de um parto e ficam apavoradas diante de uma barata. Eles matam a barata sem medo, mas desabam e ficam manhosos por conta de uma febrinha à toa. Às vezes, elas adoram odiá-los - e eles odeiam adorá-las. Homens e mulheres parecem combinar em apenas uma coisa: elas não passam sem eles, e vice-versa.
As mulheres são de Vênus, e os homens de Marte. Os homens gostam de ler Nick Hornby, e as mulheres Bridget Jones. As mulheres querem ser a Gisele Bündchen, e os homens querem ficar com a Scheila Carvalho. Os homens gostam de futebol, e as mulheres de novela. Os homens vão a um restaurante e querem traçar uma carne. As mulheres preferem dividir uma "massinha" e uma "saladinha".
As mulheres, de tempos em tempos, querem discutir a relação. Os homens preferem ir levando. As mulheres têm um impulso incontrolável de perguntar a alguém como se chega a tal rua. Os homens, na mesmíssima proporção, odeiam perguntar o caminho para ir a qualquer lugar. As mulheres a-d-o-r-a-m uma sobremesa, mas se sentem culpadas depois da primeira colherada. Os homens nem ligam tanto para um doce, mas lambem os beiços sem culpa depois do tiramisu.
As mulheres se debulham em lágrimas quando assistem a Tarde demais para Esquecer, As Pontes de Madison e qualquer capítulo final de telenovela. Os homens dificilmente choram num filme, mas os olhos mareiam-se em Jerry Maguire e O Campo dos Sonhos. As mulheres falam, sem problemas, em bandos. Junte quatro mulheres, três assuntos diferentes e voilà: as três conversas correm ao mesmo tempo, entre todas, sem nenhum problema. Os homens preferem a monogamia na hora de conversar: um assunto só, quase sempre, por vez.
As mulheres idolatram Jackie O. Os homens não vêem muita graça nela. No telefone, elas são verborrágicas. Eles, monossilábicos. Elas são capazes de agüentar algo assustador como a dor de um parto e ficam apavoradas diante de uma barata. Eles matam a barata sem medo, mas desabam e ficam manhosos por conta de uma febrinha à toa. Às vezes, elas adoram odiá-los - e eles odeiam adorá-las. Homens e mulheres parecem combinar em apenas uma coisa: elas não passam sem eles, e vice-versa.
segunda-feira, outubro 16, 2006
domingo, outubro 15, 2006
SOTAQUES NO ROCK'N'ROLL
John Lennon. Nascido em Liverpool. Paul McCartney. Idem. Mick Jagger, em Dartford. Bryan Ferry em Washington, Tyne and Wear (apesar do nome, é uma cidade só). Phil Collins, em Londres. David Bowie também. Simon LeBon, do Duran Duran, em Bushey. Nomes da atualidade? Robbie Williams. Em Burslem. Liam Gallagher, do Oasis, em Manchester. Chris Martin, do Coldplay? Em Devon. (posso falar um pouco desse cara? ele é o santo graal dos adoradores da cultura inútil. é casado com gwyneth paltrow; é canhoto, mas toca guitarra como se fosse destro; regravou 'hunting high and low', do a-ha -- e todo mundo achou lindo, apesar de a música ser um lixo; e, ah! essa é boa, é tataraneto do cara que inventou o horário de verão).
Pois bem. O que todo esse povo do rock tem em comum? São todos cidadãos britânicos. Nascidos na Inglaterra. Súditos da Rainha.
Vocês já ouviram alguma entrevista desses caras? O sotaque muda um pouco, vai do mais cockney ao ultra-sofisticado. Mas é um sotaque BRITÂNICO. Sem dúvida.
Então, pq diabos é que, na hora de cantar, eles têm sotaque AMERICANO?
quinta-feira, outubro 05, 2006
MARC BOLAN & T. REX
Top of the Pops2 Marc Bolan Special
Marc Bolan é um dos gênios da música pop que pouca gente conhece. Foi ele quem
Marc Bolan é um dos gênios da música pop que pouca gente conhece. Foi ele quem
praticamente inventou o glam rock (ou glitter), um fenômeno muito bem descrito no filme Velvet Goldmine. Diz a lenda que uma namorada de Bolan resolveu dar uma ‘maquiada’ em seu rosto antes de participar no programa Top of the Pops, na BBC. Os outros astros do pop viram e gostaram – incluindo o hoje idolatrado David Bowie. Pronto. Surgira o glitter, que teve como grandes expoentes nomes como Sweet, Alice Cooper, Slade, Gary Glitter e Mott the Hoople. Não lembra de nenhum sucesso deles? Talvez o mais famoso seja ‘Ballroom Blitz’, do Sweet, que já foi regravado por muita gente – e até entrou na trilha sonora do filme Wayne’s World.
Seguinte: entre 1971 e 1973, Bolan, com a banda T. Rex, emplacou 10 (DEZ!) músicas que ficaram entre as três primeiras da parada britânica. Entre essas, clássicos como Get it On (Bang a Gong), Metal Guru, 20th Century Boy e Jeepster.
Get it On é, disparado, minha favorita e marcou minha infância. A figura de Bolan, magro, cabeludo e nascido para a stage performance, sempre me vem à cabeça quando penso numa figura que sintetize ‘o’ rock star.
Para quem quer conhecer o trabalho de Bolan: há um DVD na praça, remasterizado por seu filho, que tem entre os extras um curta-metragem feito por Ringo Star sobre o líder do T. Rex.
No final de sua carreira (ele morreu em 1977, quando seu mini-Cooper bateu numa árvore), ele teve um programa de entrevistas na BBC e ajudou a popularizar o movimento Punk. Entre seus convidados regulares estavam Johnny Rotten, Siouxsie Sioux e Billy Idol.
Detalhe engraçado: a letra de Jeepster não faz muito sentido. Um repórter, então, perguntou sobre o quê era a canção. A resposta: “It’s about a car, of course”. Sob este ponto de vista, de fato, dá pra entender a letra.
Detalhe 2: nesse link do YouTube, há um especial de 24 minutos com apresentações de Bolan no Top of the Pops. Na segunda música, Get it On, você poderá ver Elton John, fazendo as vezes de tecladista do T. Rex, na flor de seus 22 anos (e já estava ficando careca).
Detalhe 3: se você gosta do som que a Rita Lee fazia nos anos 70, especialmente com a banda Tutti-Frutti, vai notar uma forte influência do T.Rex (e do glam em geral) no álbum ‘Fruto Proibido’.
Seguinte: entre 1971 e 1973, Bolan, com a banda T. Rex, emplacou 10 (DEZ!) músicas que ficaram entre as três primeiras da parada britânica. Entre essas, clássicos como Get it On (Bang a Gong), Metal Guru, 20th Century Boy e Jeepster.
Get it On é, disparado, minha favorita e marcou minha infância. A figura de Bolan, magro, cabeludo e nascido para a stage performance, sempre me vem à cabeça quando penso numa figura que sintetize ‘o’ rock star.
Para quem quer conhecer o trabalho de Bolan: há um DVD na praça, remasterizado por seu filho, que tem entre os extras um curta-metragem feito por Ringo Star sobre o líder do T. Rex.
No final de sua carreira (ele morreu em 1977, quando seu mini-Cooper bateu numa árvore), ele teve um programa de entrevistas na BBC e ajudou a popularizar o movimento Punk. Entre seus convidados regulares estavam Johnny Rotten, Siouxsie Sioux e Billy Idol.
Detalhe engraçado: a letra de Jeepster não faz muito sentido. Um repórter, então, perguntou sobre o quê era a canção. A resposta: “It’s about a car, of course”. Sob este ponto de vista, de fato, dá pra entender a letra.
Detalhe 2: nesse link do YouTube, há um especial de 24 minutos com apresentações de Bolan no Top of the Pops. Na segunda música, Get it On, você poderá ver Elton John, fazendo as vezes de tecladista do T. Rex, na flor de seus 22 anos (e já estava ficando careca).
Detalhe 3: se você gosta do som que a Rita Lee fazia nos anos 70, especialmente com a banda Tutti-Frutti, vai notar uma forte influência do T.Rex (e do glam em geral) no álbum ‘Fruto Proibido’.