AS MUSAS DO BROCK
Nos anos 80, o Brock não tinha muitas musas.
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
2 Comments:
Cara, muito legais suas memórias dos nos 80. O Rádio Clube era na Pedroso de Morais, hum?
Abraço!
Rapaz, era sim -- pertinho da Fnac, onde hoje é o Avenida Club.
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