...com Buffalo Springfield!
quinta-feira, novembro 30, 2006
FOR WHAT IT'S WORTH
O original é uma espécie de hino pacifista dos anos 60, na interpretação de Buffalo Springfield. (Essa banda merece respeito, afinal tinha em sua formação Neil Young e Stephen Stills).
Essa regravação, do OUI 3, é fantástica. A base sampleada casa muito bem com a bateria acid jazz; e a porção hip-hop cai feito uma luva.
Só uma dúvida: o que a Dedina Bernadelli está fazendo nesse vídeo?
O original é uma espécie de hino pacifista dos anos 60, na interpretação de Buffalo Springfield. (Essa banda merece respeito, afinal tinha em sua formação Neil Young e Stephen Stills).
Essa regravação, do OUI 3, é fantástica. A base sampleada casa muito bem com a bateria acid jazz; e a porção hip-hop cai feito uma luva.
Só uma dúvida: o que a Dedina Bernadelli está fazendo nesse vídeo?
quarta-feira, novembro 29, 2006
OS NERDS DE 'SCRUBS'
É incrível. Você acha que os protagonistas são os nerds do show, mas naquele hospital tem gente muito mais nerd que JD e Turk. Como esses manés, que têm uma banda 'A Capella' e cantam temas de desenho animado. Pode haver algo mais nerd na vida?
Ah, nessas cenas, eles cantam o tema do Speed Racer e de Underdog que, se não me engano, chamava Vira-Lata por aqui.
É incrível. Você acha que os protagonistas são os nerds do show, mas naquele hospital tem gente muito mais nerd que JD e Turk. Como esses manés, que têm uma banda 'A Capella' e cantam temas de desenho animado. Pode haver algo mais nerd na vida?
Ah, nessas cenas, eles cantam o tema do Speed Racer e de Underdog que, se não me engano, chamava Vira-Lata por aqui.
quarta-feira, novembro 22, 2006
JASON KING
Nunca houve um herói tão cafona quanto Jason King. Escritor metido a detetive, ele sempre conquistava mulheres lindas, apesar de seu visual -- uma mistura de Peter O'Toole bizarro e Charles Bronson.
Passava na TV Tupi, altas horas da noite. Só recentemente descobri que era um cult na Europa...
Nunca houve um herói tão cafona quanto Jason King. Escritor metido a detetive, ele sempre conquistava mulheres lindas, apesar de seu visual -- uma mistura de Peter O'Toole bizarro e Charles Bronson.
Passava na TV Tupi, altas horas da noite. Só recentemente descobri que era um cult na Europa...
ABERTURA - TWILIGHT ZONE
Está em inglês -- e não é minha montagem favorita (houve várias). Mas, ainda assim, vale a pena.
Está em inglês -- e não é minha montagem favorita (houve várias). Mas, ainda assim, vale a pena.
segunda-feira, novembro 20, 2006
TWILIGHT ZONE -- ALÉM DA IMAGINAÇÃO
Começava assim:
Uma musiquinha amedrontadora (tititititittititittitititititi) introduzia uma animação em preto e branco. Surgia, então, a voz de um narrador (sabe voz dos dubladores antigos, que puxavam nos erres paulistanos e nos esses cariocas? Era um desses), que dizia o seguinte:
“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região além da Imaginação!"
A última imagem da animação era a de um céu estrelado. Essa imagem se fundia com a do episódio, que sempre começava com a câmera descendo do céu para a terra.
Até hoje, quando vejo um episódio inédito (passa no TCM, de madrugada), fico arrepiado.
Uma musiquinha amedrontadora (tititititittititittitititititi) introduzia uma animação em preto e branco. Surgia, então, a voz de um narrador (sabe voz dos dubladores antigos, que puxavam nos erres paulistanos e nos esses cariocas? Era um desses), que dizia o seguinte:
“Há uma quinta dimensão além daquelas conhecidas pelo Homem. É uma dimensão tão vasta quanto o espaço e tão desprovida de tempo quanto o infinito. É o espaço intermediário entre a luz e a sombra, entre a ciência e a superstição; se encontra entre o abismo dos temores do Homem e o cume dos seus conhecimentos. É a dimensão da fantasia. Uma região além da Imaginação!"
A última imagem da animação era a de um céu estrelado. Essa imagem se fundia com a do episódio, que sempre começava com a câmera descendo do céu para a terra.
Até hoje, quando vejo um episódio inédito (passa no TCM, de madrugada), fico arrepiado.
ROD SERLING
Rod Serling, o criador de Twilght Zone (Além da Imaginação no Brasil; A Quinta Dimensão em Portugal), fez também ‘A Galeria do Terror’. Lembro de um episódio desses, que me deixou sem sono quando eu tinha dez anos de idade. Um fazendeiro matava sua mulher e o amante, enterrando-os no celeiro. A televisão do sujeito, então, começa a ligar sozinha e mostra os mortos se levantando se suas covas, atrás de vingança. Adivinha o quê acontece?... Bem, na Galeria do Terror (Night Gallery), happy end era raro.
Serling apresentava todos os episódios e escrevia a maioria deles. Franzino, com terninhos apertados e não raro com um cigarrinho à mão, era uma figura -- como você pode comprovar dando uma olhadinha aí em cima...
Serling apresentava todos os episódios e escrevia a maioria deles. Franzino, com terninhos apertados e não raro com um cigarrinho à mão, era uma figura -- como você pode comprovar dando uma olhadinha aí em cima...
TWILIGHT ZONE -- MEUS EPISÓDIOS FAVORITOS
- O do William Shatner ( o capitão Kirk de Jornada nas Estrelas, na foto), que faz um passageiro de avião que vê um monstro sabotando a turbina em pleno vôo. Repare só: nunca houve uma janela tão panorâmica na história da aviação mundial...
- Aquele em que Burgess Meredith (o Pingüim da série de TV Batman) fazia um bancário que queria ler, mas não tinha tempo. Aí, nas suas horas de almoço, se trancava no cofre do banco para comer e ler. Um dia, leu e pegou no sono. Quando acordou, o mundo havia sido destruído por uma guerra nuclear. Ele pensa, então: “Pelo menos, terei todo o tempo que quiser para ler”. Logo depois disso, ele tropeça e quebra seus óculos – e, sem eles, nada de leitura.
- Aquele em que uma moça fez uma operação plástica, pois era muito feia. No final, tiram as bandagens e dá para ver que ela era linda. Mas todos os outros eram horrorosos e tinham cara de porco.
- O da Rua Maple. Uma alienígenas chegam à Terra e desligam a energia elétrica de um quarteirão. Os vizinhos quase se matam.
- Aquele em que uma nave espacial desce num lugar estranho e os astronautas acabam se matando. No final, o único sobrevivente descobre que eles pousaram na Terra...
Estiveram nos espisódios de Twilight Zone:
1. Johnatan Harris (Dr. Smith, de Perdidos no Espaço)
2. Bill Mummy (Will Robinson, de Perdidos no Espaço)
2. Elizabeth Montgomery (A Feiticeira), no mesmo episódio em que Charles Bronson atuou.
3. Barbara Eden (Jeannie é um Gênio)
4. Burt Reynolds
5. Peter Falk (Columbo)
6. Dennis Hopper
7. Robert Duvall
8. Maryin Landau
9. Dean Stockwell, no mesmo episódio em que Leonard Nimoy (Sr. Spock) faz uma ponta.
10. Cloris Leachmann
- Aquele em que Burgess Meredith (o Pingüim da série de TV Batman) fazia um bancário que queria ler, mas não tinha tempo. Aí, nas suas horas de almoço, se trancava no cofre do banco para comer e ler. Um dia, leu e pegou no sono. Quando acordou, o mundo havia sido destruído por uma guerra nuclear. Ele pensa, então: “Pelo menos, terei todo o tempo que quiser para ler”. Logo depois disso, ele tropeça e quebra seus óculos – e, sem eles, nada de leitura.
- Aquele em que uma moça fez uma operação plástica, pois era muito feia. No final, tiram as bandagens e dá para ver que ela era linda. Mas todos os outros eram horrorosos e tinham cara de porco.
- O da Rua Maple. Uma alienígenas chegam à Terra e desligam a energia elétrica de um quarteirão. Os vizinhos quase se matam.
- Aquele em que uma nave espacial desce num lugar estranho e os astronautas acabam se matando. No final, o único sobrevivente descobre que eles pousaram na Terra...
Estiveram nos espisódios de Twilight Zone:
1. Johnatan Harris (Dr. Smith, de Perdidos no Espaço)
2. Bill Mummy (Will Robinson, de Perdidos no Espaço)
2. Elizabeth Montgomery (A Feiticeira), no mesmo episódio em que Charles Bronson atuou.
3. Barbara Eden (Jeannie é um Gênio)
4. Burt Reynolds
5. Peter Falk (Columbo)
6. Dennis Hopper
7. Robert Duvall
8. Maryin Landau
9. Dean Stockwell, no mesmo episódio em que Leonard Nimoy (Sr. Spock) faz uma ponta.
10. Cloris Leachmann
sexta-feira, novembro 17, 2006
VIAJANDO NO TEMPO...
A primeira vez que me confrontei com a idéia de viajar na hitória foi vendo as aventuras de Doug e Tony no “Túnel do Tempo”. Era bacana ver Helena de Tróia, Rainha Elizabeth e outras personagens famosas usando penteados e maquiagem dos anos 60.
Depois, numa Sessão da Tarde, assisti A Máquina do Tempo, baseado na obra de H.G. Wells, o autor de ‘O Homem Invisível” e ‘Guerra dos Mundos’. O filme, com Rod Taylor e Ivette Mimieux, mostra os horrores da guerra atômica. E a viagem no tempo era sempre em fast-forward – ou seja, para o futuro.
Talvez seja por isso que o filme não teve tanta importância para mim.
Foi em Back To The Future que esse tema me conquistou. A possibilidade de voltar ao passado e corrigir o que estava errado me fascinou durante anos, especialmente depois de ver outro filme – Peggy Sue Got Married, de Francis Coppolla.
Podem dizer que este é um Coppolla menor. Eu não me importo. Gosto do mesmo jeito, assim como adoro Rumble Fish, Cotton Club e One From The Heart. Mas Coppolla é assunto para outro dia. Hoje, vamos falar de time travel.
Vcs conhecem o plot de Peggy Sue?
É o seguinte: uma quarentona vai a um baile dos ex-alunos da escola e desmaia. Quando
Acorda, voltou para o último ano do colégio, quando ficaria grávida, casaria com o namorado e seria bem infeliz.
Depois de achar que está louca ou morta, Peggy resolve consertar a sua vida. Mas, aos poucos, percebe que não há como mudar o destino.
Ela descobre que o namorado tinha um sonho secreto: ser um cantor famoso. Ela, então, diz que escreveu uma música para ele e pede para que a grave. “Vai ser um sucesso, eu tenho certeza”.
Mais tarde, ele se encontra com Peggy e diz, num tom arrogante. “Para uma iniciante, até que a canção está bem razoável. Mas eu fiz umas mudancinhas e agora está ótima. Quer ver?”, pergunta ele, que arremata:
(Imaginem isso na melodia de ‘She Loves You’, dos Beatles):
“I love you, uh-uh-uh
You love me, uh-uh-uh”
Fica uma porcaria, óbvio. E é nesse momento que ela percebe ser impossível mudar o destino.
PS: Esse filme tbem é bacana por ter revelado Jim Carrey e Helen Hunt, que fazem papéis ultra-secundários. Mas dá para ver a veia cômica da Carrey o tempo todo.
Depois, numa Sessão da Tarde, assisti A Máquina do Tempo, baseado na obra de H.G. Wells, o autor de ‘O Homem Invisível” e ‘Guerra dos Mundos’. O filme, com Rod Taylor e Ivette Mimieux, mostra os horrores da guerra atômica. E a viagem no tempo era sempre em fast-forward – ou seja, para o futuro.
Talvez seja por isso que o filme não teve tanta importância para mim.
Foi em Back To The Future que esse tema me conquistou. A possibilidade de voltar ao passado e corrigir o que estava errado me fascinou durante anos, especialmente depois de ver outro filme – Peggy Sue Got Married, de Francis Coppolla.
Podem dizer que este é um Coppolla menor. Eu não me importo. Gosto do mesmo jeito, assim como adoro Rumble Fish, Cotton Club e One From The Heart. Mas Coppolla é assunto para outro dia. Hoje, vamos falar de time travel.
Vcs conhecem o plot de Peggy Sue?
É o seguinte: uma quarentona vai a um baile dos ex-alunos da escola e desmaia. Quando
Acorda, voltou para o último ano do colégio, quando ficaria grávida, casaria com o namorado e seria bem infeliz.
Depois de achar que está louca ou morta, Peggy resolve consertar a sua vida. Mas, aos poucos, percebe que não há como mudar o destino.
Ela descobre que o namorado tinha um sonho secreto: ser um cantor famoso. Ela, então, diz que escreveu uma música para ele e pede para que a grave. “Vai ser um sucesso, eu tenho certeza”.
Mais tarde, ele se encontra com Peggy e diz, num tom arrogante. “Para uma iniciante, até que a canção está bem razoável. Mas eu fiz umas mudancinhas e agora está ótima. Quer ver?”, pergunta ele, que arremata:
(Imaginem isso na melodia de ‘She Loves You’, dos Beatles):
“I love you, uh-uh-uh
You love me, uh-uh-uh”
Fica uma porcaria, óbvio. E é nesse momento que ela percebe ser impossível mudar o destino.
PS: Esse filme tbem é bacana por ter revelado Jim Carrey e Helen Hunt, que fazem papéis ultra-secundários. Mas dá para ver a veia cômica da Carrey o tempo todo.
quarta-feira, novembro 15, 2006
AS MUSAS DO BROCK
Nos anos 80, o Brock não tinha muitas musas.
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
Paula Toller poderia encabeçar a lista – embora seja visível que ela, aos quarenta e poucos, esteja bem melhor hoje (Sabe quem melhorou muito com o tempo? A Nena de 99 Luftballons. Há dois anos, estive na Alemanha e vi um vídeo com ela cantando um reggae. Está batendo um bolão!!).
As mocinhas do Sempre Livre eram meio esquisitas. Tinha a Dulce Quental – voz bonita, afinada. A guitarrista era bonitinha tbem. Lembro de um show delas no Rádio Clube. Entre uma música e outra, um gaiato gritou, na platéia:
- Diretas...
Bem, era a campanha pelas eleições diretas. O grito pegou de suspresa as meninas, que estavam meio afinando os instrumentos. Uma delas conseguiu gritar antes das outras:
- Já!!!
A Dulce, mais tarde, gravaria uma versão fabulosa de Caleidoscópio, do Herbert Vianna. Guardo o vinil até hoje. Arranjo primoroso, voz incrível.
Voltando às meninas do Brock...
As duas da Blitz! Fernandinha Abreu e... como é mesmo o nome da maluquete com uma franjinha estranha? Marcinha Bulcão? Acho que é isso.
O Lobão até colocou sua namorada – Alice Pink Punk –, uma holandesa bem apanhada, entre os Ronaldos (Me Chama foi escrita para ela). Ela cantava uma canção no primeiro disco deles (Bambina). Aí, o namoro dançou – e ela também, da banda. Dizem que a Alice voltou para a Holanda. Não sei. Nunca mais vi.
Ah, tinha aquela bonitinha, irmã da repórter da Globo em Nova York – Mae Pinheiro! Ou melhor, Mãe East. Essa aí gravou um disco horroroso, que falava de gnomos e era pretensamente new wave. Minha irmã adorava essa porcaria.
Nenhuma delas, porém, era mais bacana que a Virginie. Aquela ruivinha de cabelo encaracolado do Metrô! É, essa mesmo.
Conheci a Virginie alguns anos antes de ela virar cantora. Ela havia estudado com a Leda, minha colega da faculdade, e nos cruzamos em algumas festas. Uma noite, lá no Rádio Clube, ela e a banda foram tocar. O nome ainda não era Metrô – era “A Gota Suspensa”. Mas ali nos bastidores eles contaram que tinham gravado um compacto com o novo nome e que iria estourar.
Estourou mesmo. A música era ‘Beat Acelerado’, originalmente composta para ser uma bossa-nova. O compositor, Vicente França, um sujeito magrinho, cabelo encaracolado – daqueles que fala baixo e tem uma placa “eu sou tímido” pregada na testa – e boa gente, ia muito ao Rádio Clube.
A Virginie tinha afinação, de um lado, e pouca potência vocal, de outro. Resultado: os meninos da banda colocavam um pedal no microfone para reforçar a voz dela. O resultado era legal.
Me disseram que ela casou com um diplomata e hoje mora na Nova Zelândia. Será que ela fica lembrando da época em que era estrela do rock?
PS: o pessoal do Metrô fazia muito comercial de TV. O Dany era o Fernandinho da camisa US Top. E a Ginie fez um comercial para uma maionese (Gourmet, eu acho). Era bobinho: ela começava a falar francês quando comia (!!!!!) uma colher de maiô! Podreira total...
sexta-feira, novembro 10, 2006
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (IV)
Erich Von Zipper -- qualquer filme da Turma da Praia.
Nunca houve um motoqueiro tão idiota como Von Zipper. Ele era a antítese de Frankie Avalon nos filmes da turma da praia, um vilão imbecil, que era acompanhado da gang The Ratz.
O visual de Von Zipper (ou melhor, Harvey Lembeck) era puro Hell's Angels pré-Easy Rider. Seu traço mais marcante era o gestual: sempre que fazia algum gesto, o movimento era acompanhado de um efeito sonoro.
quinta-feira, novembro 02, 2006
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (III)
SID -- COME SPLEEP WITH ME
Não sei se foi ele quem escreveu este diálogo, mas é hilariante. O filme é ‘Vem Dormir Comigo’ (Come Spleep With Me) e Quentin Tarantino faz Sid, um amigo do personagem principal que é convidado a uma festa. Ele se encontra com outro amigo e trava o seguinte diálogo, no qual revela uma interpretação totalmente inusitada do roteiro de Top Gun:
Sid: You want subversion on a massive level. You know what one of the greatest fucking scripts ever written in the history of Hollywood is? Top Gun.
Duane: Oh, come on.
Sid: Top Gun is fucking great. What is Top Gun? You think it's a story about a bunch of fighter pilots.
Duane: It's about a bunch of guys waving their dicks around.
Sid: It is a story about a man's struggle with his own homosexuality. It is! That is what Top Gun is about, man. You've got Maverick, all right? He's on the edge, man. He's right on the fucking line, all right? And you've got Iceman, and all his crew. They're gay, they represent the gay man, all right? And they're saying, go, go the gay way, go the gay way. He could go both ways.
Duane: What about Kelly McGillis?
Sid: Kelly McGillis, she's heterosexuality. She's saying: no, no, no, no, no, no, go the normal way, play by the rules, go the normal way. They're saying no, go the gay way, be the gay way, go for the gay way, all right? That is what's going on throughout that whole movie... He goes to her house, all right? It looks like they're going to have sex, you know, they're just kind of sitting back, he's takin' a shower and everything. They don't have sex. He gets on the motorcycle, drives away. She's like, "What the fuck, what the fuck is going on here?" Next scene, next scene you see her, she's in the elevator, she is dressed like a guy. She's got the cap on, she's got the aviator glasses, she's wearing the same jacket that the Iceman wears. She is, okay, this is how I gotta get this guy, this guy's going towards the gay way, I gotta bring him back, I gotta bring him back from the gay way, so I'll do that through subterfuge, I'm gonna dress like a man. All right? That is how she approaches it. Okay, now let me just ask you - I'm gonna digress for two seconds here. I met this girl Amy here, she's like floating around here and everything. Now, she just got divorced, right? All right, but the REAL ending of the movie is when they fight the MIGs at the end, all right? Because he has passed over into the gay way. They are this gay fighting fucking force, all right? And they're beating the Russians, the gays are beating the Russians. And it's over, and they fucking land, and Iceman's been trying to get Maverick the entire time, and finally, he's got him, all right? And what is the last fucking line that they have together? They're all hugging and kissing and happy with each other, and Ice comes up to Maverick, and he says, "Man, you can ride my tail, anytime!" And what does Maverick say? "You can ride mine!" Swordfight! Swordfight! Fuckin' A, man!
Não sei se foi ele quem escreveu este diálogo, mas é hilariante. O filme é ‘Vem Dormir Comigo’ (Come Spleep With Me) e Quentin Tarantino faz Sid, um amigo do personagem principal que é convidado a uma festa. Ele se encontra com outro amigo e trava o seguinte diálogo, no qual revela uma interpretação totalmente inusitada do roteiro de Top Gun:
Sid: You want subversion on a massive level. You know what one of the greatest fucking scripts ever written in the history of Hollywood is? Top Gun.
Duane: Oh, come on.
Sid: Top Gun is fucking great. What is Top Gun? You think it's a story about a bunch of fighter pilots.
Duane: It's about a bunch of guys waving their dicks around.
Sid: It is a story about a man's struggle with his own homosexuality. It is! That is what Top Gun is about, man. You've got Maverick, all right? He's on the edge, man. He's right on the fucking line, all right? And you've got Iceman, and all his crew. They're gay, they represent the gay man, all right? And they're saying, go, go the gay way, go the gay way. He could go both ways.
Duane: What about Kelly McGillis?
Sid: Kelly McGillis, she's heterosexuality. She's saying: no, no, no, no, no, no, go the normal way, play by the rules, go the normal way. They're saying no, go the gay way, be the gay way, go for the gay way, all right? That is what's going on throughout that whole movie... He goes to her house, all right? It looks like they're going to have sex, you know, they're just kind of sitting back, he's takin' a shower and everything. They don't have sex. He gets on the motorcycle, drives away. She's like, "What the fuck, what the fuck is going on here?" Next scene, next scene you see her, she's in the elevator, she is dressed like a guy. She's got the cap on, she's got the aviator glasses, she's wearing the same jacket that the Iceman wears. She is, okay, this is how I gotta get this guy, this guy's going towards the gay way, I gotta bring him back, I gotta bring him back from the gay way, so I'll do that through subterfuge, I'm gonna dress like a man. All right? That is how she approaches it. Okay, now let me just ask you - I'm gonna digress for two seconds here. I met this girl Amy here, she's like floating around here and everything. Now, she just got divorced, right? All right, but the REAL ending of the movie is when they fight the MIGs at the end, all right? Because he has passed over into the gay way. They are this gay fighting fucking force, all right? And they're beating the Russians, the gays are beating the Russians. And it's over, and they fucking land, and Iceman's been trying to get Maverick the entire time, and finally, he's got him, all right? And what is the last fucking line that they have together? They're all hugging and kissing and happy with each other, and Ice comes up to Maverick, and he says, "Man, you can ride my tail, anytime!" And what does Maverick say? "You can ride mine!" Swordfight! Swordfight! Fuckin' A, man!
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (II)
MICKAH 'DON'T FUCK WITH ME' WALLACE
O nome do ator é Dave Finnegan. Só fez dois filmes. Seu papel em The Commitments é praticamente uma ponta, mas rouba a cena. Num determinado momento do filme, Jimmy Rabitte, o empresário da banda, leva uma surra de um agiota – durante um show. Nessa hora, Mickah Wallace larga a bateria e põe os bandidos para correr. Quando apresenta a banda, Jimmy diz:
- And on drums, Mickah “Don’t Fuck With Me” Wallace!!!!!!
GALERIA DE PERSONAGENS SECUNDÁRIOS (E INCRÍVEIS) (I)
LENNY -- THAT THING YOU DO
Não sei se vcs viram The Wonders – O Sonho Não Acabou (That Thing You Do). Nesse filme, Steve Zahn faz Lenny, um dos guitarristas da banda.
Numa cena, o dono do restaurante em que eles tocam mostra a Lenny várias notas de dólar após o show; segue-se, então, o seguinte diálogo:
Villapiano: Know what this is?
Lenny: [pauses] Presidential flashcards?
Villapiano: A bonus. And do you know why?
Lenny: I have no idea.
Villapiano: To entice you back!... The word is out on you o-NEE-ders!
Lenny: Hey, that's o-NEH-ders!
Noutra cena, o líder da banda, Jimmy, está reclamando que o dono da gravadora o destratou. E que está preocupado com o “futuro criativo” do grupo.
Jimmy: [Speaking about Diane Dane ] She told me never trust a label. And I'm beginning to believe her.
Lenny: Well, sure. I mean, come on. They put us up in a first class hotel, all expenses paid, while our record climbs the charts; bunch of lyin' snakes.
Jimmy: Sorry I'm buggin' you! I guess I'm alone in my principles. [leaves the room]
Lenny: Oh come on. Oh, there he goes off to his room to write that hit song "Alone in my principles."